Petróleo: Veja as duas ações que devem ganhar mais com a disparada dos preços, segundo UBS BB

Os preços do petróleo dispararam nesta segunda-feira (7), conforme a guerra na Ucrânia se agrava e novas sanções contra a Rússia são consideradas pelos países ocidentais.

O petróleo do tipo Brent chegou a atingir US$ 139 o barril, maior nível desde 2008, com Estados Unidos e Europa considerando proibir a importação de petróleo russo.

Com a escalada das tensões geopolíticas no mundo, o UBS BB revisitou as ações de empresas petroleiras, incluindo as júniores PetroRio (PRIO3), Enauta (ENAT3), 3R Petroleum (RRRP3) e PetroRecôncavo (RECV3).

Na avaliação do banco, esses ativos podem ver vantagens com a alta do Brent, ajudando na geração de caixa.

RECV3 e PRIO3, as ações que mais se beneficiam

Segundo o UBS BB, a PetroRecôncavo é uma das empresas que mais se beneficiarão do atual nível do Brent, pois tem o fluxo de caixa mais significativo no curto prazo. Isso pode até se traduzir em dividendos mais fortes, destaca o banco.

Por outro lado, o UBS BB entende que o pico de produção da companhia deve acontecer em 2025, o que significa que uma parcela significativa do volume produzido ainda não se beneficia da alta do petróleo.

A PetroRio também é uma das ações que mais se beneficiam do aumento dos preços do Brent, já que apresenta o maior nível absoluto de produção.

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Porém, o processo de aquisição das Albacoras surge como um ponto de atenção.

“Como está, a PetroRio pode ter um preço justo, e nossa classificação de compra se deve em parte à aquisição esperada dos campos de Albacoras. Nesse contexto, os preços mais altos do Brent podem levantar preocupações sobre o avanço do negócio, mas, supondo que aconteça, isso pode ajudar a PetroRio a construir um fluxo de caixa mais forte para financiar a aquisição”, afirmam os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos, que assinam o relatório divulgado nesta segunda-feira (7).

Impacto limitado para RRRP3 e ENAT3

Em relação ao setor no geral, os analistas entendem que o aumento dos preços do combustível não deve trazer mais retorno aos acionistas. Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos, que assinam o relatório divulgado nesta segunda-feira (7), acreditam que o excesso de caixa seria desviado para investimentos.

No caso da 3R Petroleum, o UBS BB lembra que a empresa ainda está consolidando seu portfólio. O banco lembra que a maior parte das aquisições da companhia deverá ser concluída ao longo deste ano, sendo 2023 o primeiro em que a empresa estará operando plenamente com todos os seus ativos. Portanto, analistas veem impacto limitado com o Brent a níveis atuais.

Já a Enauta vem enfrentando problemas de produção, principalmente no Campo de Manati.

“Em janeiro, por exemplo, o campo apresentou produção de apenas 6 mil boed (barris de óleo equivalente por dia)”, lembram os analistas. “Quando o campo voltar a operar com todos os três poços (a empresa está orientando para meados de 2022), a produção deverá atingir ~20 mil boed, portanto, os preços atuais do Brent têm potencial de valorização limitado para a empresa”.

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