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Petróleo tomba e derruba as ações das petroleiras na B3; Brava Energia (BRAV3) e Petrobras (PETR4) operam entre as maiores quedas do Ibovespa 

26 set 2024, 12:19 - atualizado em 26 set 2024, 17:33
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O petróleo cai mais de 2% com rumores de maior oferta do óleo em dezembro em meio à desaceleração das principais economias do mundo (Imagem: iStock/Montagem: Julia Shikota)

As ações da Brava Energia (BRAV3) lideraram as perdas do Ibovespa (IBOV) desde o início da sessão desta quinta-feira (26) — mas, dessa vez, junto com outras companhias do setor. 

Petrobras (PETR4;PETR3) e Prio (PRIO3) também figuraram entre as maiores quedas do principal índice da bolsa brasileira.

Os papéis das petroleiras recuam em bloco na esteira do petróleo no mercado internacional. 

os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para dezembro, terminaram a sessão com baixa de 2,48%, a US$ 71,09 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para novembro caíram 2,90%, a US$ 67,67 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.

Confira as cotações da principais de petróleo negociada no Ibovespa, por volta de 11h50 (horário de Brasília): 

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  • Brava Energia (BRAV3): -6,54%, a R$ 17,101
  • Prio (PRIO3): -4,84%, a R$ 42,64
  • Petrobras PN (PETR4): -2,16%, a R$ 36,25
  • Petrobras ON (PETR3): -2,10%, a R$ 39,68
  • PetroReconcavo (RECV3): -1,82%, a R$ 17,81

Por que o petróleo cai hoje?

O petróleo é considerado um dos termômetros do humor dos investidores no mercado. Mas, nesta quinta-feira (26), as notícias sobre a commodity pesam sobre o desempenho. 

Mesmo com as bolsas de Nova York e da Europa nas máximas intradia, o petróleo chegou a tombar mais de 3%. Acompanhe o Tempo Real. 

A commodity repercute a notícia de que a Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, abrirá mão de sua meta de preço do barril, de US$ 100, para aumentar a produção. As informações foram divulgadas pelo Financial Times. 

Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) deve prosseguir com o aumento na produção da commodity em dezembro, na tentativa de “compensar” os cortes voluntários na oferta de alguns membros do grupo. 

Segundo fontes à Reuters, a medida deve ter um impacto pequeno, mas elevou as preocupações sobre a demanda do petróleo em meio à desaceleração das principais economias do mundo — como a China. 

Nos últimos meses, alguns membros da Opep, como a Rússia e a Arábia Saudita, têm realizado cortes na produção de petróleo para sustentar os preços.

Além disso, a expectativa de retomada de produção do óleo pela Líbia pressiona o desempenho da commodity. 

Ontem (25), foram nomeados novos membros do Banco Central, em resolução ao conflito iniciado em agosto. 

No mês passado, o governo oriental da Líbia, em Benghazi, informou que a interrupção  da produção e das exportações do óleo devido à disputa com o governo ocidental, reconhecido internacionalmente em Trípoli, sobre quem deveria liderar o BC.

As exportações de petróleo bruto da Líbia atingiram uma média de cerca de 400.000 barris por dia (bpd) em setembro, abaixo dos mais de 1 milhão de bpd em agosto.

A tensão com os conflitos no Oriente Médio também repercutem sobre o petróleo. 

*Com informações de Reuters e Financial Times