Petróleo tem virada dramática e passa a cair 3% sob pressão de dólar e China
Após escorar os US$ 97/barril na máxima intradia, os contratos futuros do petróleo tipo Brent passaram a cair cerca de 3% com o fortalecimento do dólar e renovadas incertezas sobre o fim da política de tolerância zero contra a Covid-19 na China.
A referência WTI, utilizada no mercado americano do petróleo, também descreve um movimento de perda e cai 3,23% por volta das 15h30.
Covid-19 continua pressionando maior comprador de petróleo do mundo
A China continua testemunhando um avanço significativo de casos de Covid-19, impondo desafios ao afrouxamento de restrições à circulação de pessoas e mercadorias.
Em todo o país, mais de 16 mil casos transmitidos localmente foram relatados pela Comissão Nacional de Saúde, o maior patamar desde o surto de Xangai que fechou por cerca de um mês o principal polo econômico do país.
A subvariante BF.7 Ômicron tem sido detectada como uma maior capacidade de evasão de imunidade até agora e deve responder pela maioria dos casos no inverno chinês.
O avanço da doença prejudica a reabertura da economia chinesa, hoje o principal mercado consumidor de petróleo, adiando o ‘céu de brigadeiro’ pintado por relatório do Goldman Sachs há duas semanas.
Dólar avança com discussão sobre juros
O ânimo com o relatório de inflação de outubro pareceu enfim terminar nas Bolsas americanas e abriu brecha para que novas incertezas sobre a condução do aperto monetário dos EUA recolocassem o dólar na trajetória de alta, ensaiando uma aversão ao risco nos mercados da commodity.
A apreciação do dólar encarece o preço dos contratos, gerando uma queda da demanda.
O índice DXY, que mede o avanço da moeda americana ante uma cesta de divisas importantes como o euro e o iene, sobe mais de 0,5%. No ano, o dólar valorizou 11%.
Petrobras e petroleiras internacionais resilientes
A queda do petróleo no dia não está sendo sentida no pregão da parte majoritária das petroleiras do mundo.
Após o fechamento do mercado em Londres, a Shell (SHEL) caiu 0,08%. Em Nova York, às 16h20, ExxonMobil (XOM) e Chevron (CVX) ganhavam, respectivamente, 1,39% e 1,43%.
A Petrobras (PETR4), por sua vez, subia 3,19% na Bolsa brasileira.
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