Biocombustível

Petróleo tem mínima desde junho com corte de preço saudita e surtos de Covid-19

08 set 2020, 18:10 - atualizado em 08 set 2020, 18:10
Petróleo Commodities
Os cortes de preços sauditas anunciados no domingo tornaram o WTI pouco atraente para os compradores asiáticos (Imagem: Reuters/Todd Korol)

Os preços do petróleo caíram acentuadamente nesta terça-feira, com o Brent recuando abaixo de 40 dólares por barril pela primeira vez desde junho e a commodity cotada nos EUA recuando quase 8% depois que a Arábia Saudita cortou seus preços de venda para outubro.

Além disso, infecções por coronavírus estão aumentando na Índia, Grã-Bretanha, Espanha e várias partes dos Estados Unidos, onde a taxa de contágio não é controlada há meses.

A retomada dos casos da doenças pode enfraquecer a recuperação econômica global e a demanda por combustíveis.

O petróleo dos EUA (WTI) recuou 3,01 dólares, ou 7,6%, para 36,76 dólares o barril, atingindo um patamar que não era visto desde 15 de junho. Já os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 2,23 dólares, ou 5,3%, a 39,78 dólares por barril.

Ambos os contratos referenciais da commodity estão abaixo das faixas de negociação que persistiram desde agosto. O Brent caiu pelo quinto dia consecutivo e perdeu mais de 10% desde o final do mês passado.

O fim de semana do Dia do Trabalho marcou o encerramento da temporada de verão nos EUA, quando a demanda por gasolina é maior, agravando um problema de oferta e demanda no mercado, de acordo com Bob Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho.

Na segunda-feira, a cotação caiu depois que a petrolífera estatal da Arábia Saudita, Aramco, cortou os preços oficiais de venda para outubro de seu petróleo leve árabe, um sinal de redução da demanda.

“Os cortes de preços sauditas anunciados no domingo tornaram o WTI pouco atraente para os compradores asiáticos”, disse o analista de energia localizado no Colorado, Phil Verleger, da PK Verleger LLC.

Ainda assim, o petróleo se recuperou das mínimas históricas atingidas em abril, graças a um corte recorde de oferta realizado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, conhecida como Opep+. Os produtores vão se reunir no dia 17 de setembro para revisar os cortes.