Petróleo tem maior alta diária em quase quatro meses
Os mercados futuros de petróleo tiveram o pregão mais forte em quase quatro meses, puxados pela possibilidade da China, segunda maior economia e principal compradora de energia do mundo, afrouxar as regras da política de ‘tolerância zero’ contra a covid.
Por volta das 17h, o WTI (referência americana) e o Brent (referência internacional) futuros operavam em alta de, respectivamente, 5,01% e 4,00%.
O resultado coroa uma valorização de 6% do petróleo em uma semana e deixa o Brent, a referência utilizada pela Petrobras para a sua política de preços, mais próximo dos US$100 por barril.
A tendência de alta da commodity também reflete o início dos cortes de produção anunciados pela Opep+ no início de outubro. Desde o dia primeiro, países do cartel de produtores e exportadores tem a diretiva de suprimir a oferta da commodity, o que traria uma ‘blindagem’ contra a pressão de baixa atrelada à desaceleração econômica mundial.
Subinvestimento continuará suportando mercado
Para Matheus Spiess Duarte, analista da Empiricus em commodities, a pressão de alta nos preços da commodity acompanham a tese estrutural da falta de infraestrutura produtiva na maioria dos países exportadores.
“Antes mesmo da guerra da Ucrânia, responsável por desarranjar elos da cadeia de produção da commoidty, os mercados já observavam uma redução do capex dos países produtores”, explica o analista.
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