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Petróleo tem leve queda com Irã no radar após tocar máxima de dois anos

07 jun 2021, 9:46 - atualizado em 07 jun 2021, 9:46
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O petróleo Brent recuava 0,13 dólar, ou 0,18%, a 71,76 dólares por barril, às 9:24 (horário de Brasília) (Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian)

Os preços do petróleo recuavam levemente nesta segunda-feira, após terem chegado a tocar mais cedo níveis acima de 72 dólares por barril, pressionados por perspectivas de aumento nas exportações do Irã, embora a demanda em recuperação e os cortes de oferta da Opep+ tenham dado algum apoio.

A demanda tem crescido nos Estados Unidos e Europa à medida que restrições associadas à Covid-19 são relaxada. Em outra notícia que gera expectativas quanto ao uso de combustíveis, a Índia também está aliviando suas medidas de “lockdown”.

Enquanto isso, a Opep e seus aliados têm mantido seu acordo de reduzir gradualmente restrições de oferta até julho.

O petróleo Brent recuava 0,13 dólar, ou 0,18%, a 71,76 dólares por barril, às 9:24 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía 0,1 dólar, ou 0,14%, a 69,52 dólares por barril.

Mais cedo, o Brent tocou 72,27 dólares, maior nível desde maio de 2019, enquanto o barril nos EUA tocou 70 dólares por barril pela primeira vez desde outubro de 2018 antes de mudar de curso e começar a recuar.

“Com alguma melhora na situação da pandemia na Índia e a retomada nos EUA, China e Europa continuando, o petróleo continuará parecendo uma oportunidade de compra na baixa”, disse Jeffrey Halley, analista da corretora OANDA.

O petróleo subiu nas últimas duas semanas, e o Brent acumula alta de 37% neste ano.

“O vento favorável que os preços do petróleo encontram atualmente em praticamente todos os lados permanece forte”, disse Eugen Weinberg, do Commerzbank, chamando a correção de preços desta segunda-feira de “nada surpreendente” após os ganhos recentes.

Os investidores podem ter vendido alguns contratos quando o WTI atingiu 70 dólares, disse Avtar Sandu, gerente sênior de commodities da Phillips Futures em Cingapura.

Riscos de aumento na oferta iraniana e a queda nas importações de petróleo da China também pesaram.

“A principal preocupação é com os barris iranianos voltando ao mercado, mas não acho que haverá um acordo antes da eleição presidencial iraniana”, disse ele. A eleição é em 18 de junho.