Petróleo sobe, açúcar cai. O descolamento se acentua ao ritmo do excesso de chuvas no CS
Nas últimas sessões de negociações da bolsa de commodities de Nova York começou a ficar mais claro que as cotações do açúcar se descolaram do petróleo.
Desde o dia 27 de dezembro, quando o alimento bateu nos 19,21 centavos de dólar por libra-peso e o barril do Brent estava em US$ 78,22, a troca de posições começou e, nesta segunda (10), estão, respectivamente, em menos 1,15%, a 17,88 c/lp, e UA$ 81,59%, em leve ajuste técnico de 0,18%..
O açúcar passou a cair e o petróleo passou a subir, deixando de ser o contrapeso para tombos maiores do primeiro, como, inclusive, chegou a apontar Money Times.
Passou a vigorar a percepção de que as chuvas contínuas no Sudeste e em parte do Centro-Oeste canavieiro injetaram um novo grau de recuperação parcial sobre as lavouras – e maior originação do mix de produtos – o que anula o fundamento de petróleo mais caro (e gasolina também), rouba cana para o etanol e diminui a oferta da commodity agrícola.
Já se fala em 560 milhões de toneladas de cana, ou pouco mais, frente às projeções iniciais de 540 milhões/t – a safra 20/21 fechou em torno das 520 milhões/t.
No mesmo período, notícias da Índia deram conta de aumento da produção e de exportações, colaborando para novo ganho de oferta.