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Petróleo sobe 3% com expectativa de redução da oferta em 2019

13 dez 2018, 19:46 - atualizado em 13 dez 2018, 19:46

Petrobras

Por Investing.com – Uma combinação de surpresa na queda dos estoques de petróleo nos EUA com expectativas de que o fornecimento global poderia se equilibrar em meados do próximo ano levou a uma alta de 3% para o petróleo na quinta-feira, apesar de alguns traders afirmarem que os ganhos podem não durar devido à mediocridade dos dados.

Futuros do petróleo West Texas Intermediate, negociado em Nova York, assim como o Brent, do Reino Unido, tiveram um início fraco para a sessão nos EUA, apesar de a empresa de inteligência de mercado Genscape estimar uma redução de quase 822.000 barris no centro de entrega de Cushing, Oklahoma, em 11 de dezembro, disseram os comerciantes que viram os dados. Embora a queda de estoques sinalizou uma interrupção em relação aos aumentos semanais de cerca de 1 milhão de barris ou mais vistas recentemente em Cushing, a maior capacidade de dutos deverá em breve trazer mais petróleo para o centro, disseram analistas.

WTI subiu US$ 1,43, ou 2,8%, a US$ 52,58 por barril. O Brent aumentou em US$ 1,32, ou 2,2%, para US$ 61,47 às 18:00 (horário de Brasília).

Hoje mais cedo a Agência Internacional de Energia (AIE), que representa o interesse dos consumidores de energia no Ocidente, deu esperanças aos touros de petróleo por prever déficit no abastecimento global no segundo trimestre do ano que vem, contrariando o prognóstico de um mês atrás, quando disse que esperava um excedente para todo o ano de 2019.

Mas a mais recente previsão da AIE também disse que qualquer balanceamento do excesso de oferta esperado no primeiro semestre do ano se basearia na Opep e seus aliados cumprindo a promessa de cortar 1,2 milhão de barris por dia no fornecimento até junho.

O número positivo da Genscape para Cushing e a previsão um pouco otimista da IEA elevaram o WTI e o Brent em cerca de 20 centavos de dólar por barril, ou 0,5%, no comércio do meio da manhã. Mas, pouco antes do fechamento, o mercado subitamente decolou, por motivos que poucos operadores puderam entender.

“Não parece que há muitas novidades por trás desses ganhos”, disse John Kilduff, sócio do fundo de hedge de energia de Nova York, “Again Capital”. “Eu ficaria desconfiado, para dizer o mínimo.”

Ao contrário das expectativas do mercado, os preços do petróleo se recuperaram pouco desde que o grupo ampliado da Opep +, que inclui países não-membros do cartel – entre ele a Rússia -, anunciou planos de corte de produção na semana passada, desafiando o presidente dos EUA, Donald Trump, que exigiu que o grupo mantivesse o mesmo nível de produção para manter os preços mais baixos.

A duas semanas até o final de 2018, o WTI permanece em queda de cerca de 13% no ano e cerca de 30% menor em relação às maiores altas de quatro anos, de quase US$ 77 por barril no início de outubro. O Brent caiu cerca de 8% no ano e quase 30% abaixo das maiores altas de quatro anos, de quase US $ 87 por barril atingidas há dois meses.

Plano saudita de exportar menos aos EUA

O aumento de quase de 3% no WTI nesta quinta-feira pode ter sido influenciada pela notícia sobre os planos da Arábia Saudita de cortar a exportação de petróleo às refinarias dos EUA, segundo o MarketWatch. O objetivo dos sauditas é diminuir a expansão dos estoques americanos de petróleo.

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