Internacional

Petróleo salta 4% após ataque dos EUA matar general do Irã no Iraque

02 jan 2020, 23:52 - atualizado em 03 jan 2020, 0:46
Qassem Soleimani
O líder morto é Qassem Soleimani, que liderava a Guarda Revolucionária, unidade de força especial do Irã  (Imagem: www.leader.ir)

Os preços do petróleo subiram até 4% após um ataque aéreo conduzido pelos Estados Unidos ter matado um importante general do Irã perto do aeroporto internacional de Bagdá, no Iraque, noticiam várias agências internacionais incluindo a Bloomberg.

O líder morto é Qassem Soleimani, que liderava a Guarda Revolucionária Islâmica Corps-Quds Force, unidade de força especial do Irã. Apesar de oficial, este destacamento de elite foi considerado uma organização terrorista pelos EUA no ano passado.

Em um comunicado oficial, o Pentágono confirmou que o presidente, Donald Trump, ordenou o ataque:

“O general Soleimani estava desenvolvendo ativamente planos para atacar diplomatas americanos e membros do serviço no Iraque e em toda a região. O general Soleimani e sua força Quds foram responsáveis ​​pela morte de centenas de americanos e membros do serviço de coalizão e pelo ferimento de milhares de outros”.

“Ele orquestrou ataques a bases de coalizão no Iraque nos últimos meses – incluindo o ataque de 27 de dezembro – culminando na morte e ferimento de mais pessoal americano e iraquiano. O general Soleimani também aprovou os ataques à embaixada dos EUA em Bagdá que ocorreram nesta semana. Este ataque teve como objetivo impedir futuros planos de ataque iranianos. Os Estados Unidos continuarão a tomar todas as medidas necessárias para proteger nosso povo e nossos interesses onde quer que estejam ao redor do mundo”.

Os preços do petróleo saltaram após a notícia (Imagem: Reuters/Nick Oxford)

Os contratos do barril de petróleo tipo Brent, negociado em Londres, foram a US$ 68,90 (3,98%), enquanto nos EUA o tipo WTI chegou a US$ 63,55 (3,87%).

Ao longo do fim de semana as forças armadas norte-americanas já tinham realizado ataques aéreos contra o grupo paramilitar Kataib Hezbollah, apoiado pelo Irã, o que desencadeou protestos na embaixada dos EUA em Bagdá.