Petróleo reverte ganhos e despenca mais de 5%, após reunião da Opep+ ser adiada
O petróleo quebra ciclo de alta, após reunião da Opep+ prevista para esta segunda-feira (9) ter sido sido adiada. O cenário implica um balde de água fria na resolução do conflito russo-saudita.
A cotação do petróleo Brent, negociado em Londres, caía 5,30% ou US$ 1,85; com barril vendido a US$ 33,04 por volta das 06h43 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos, West Texas Intermediate (WTI), também operava em baixa de 2,89%; com barril cotado a US$ 27,52.
A escalada da guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia em torno da commoditie levou à intervenção do presidente dos EUA Donald Trump. O petróleo bateu seu menor valor em 18 anos no dia 30 de março.
Trump afirmou na sexta-feira (3), que o líder russo Vladimir Putin e o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman desejam que algo aconteça para estabilizar o mercado petrolífero.
“Vamos resolver isso e teremos nosso negócio de energia de volta” , tranquiliza o mandatário dos EUA, durante reunião com executivos de petroleiras do país.
A valorização do petróleo na semana passada estava atrelada, entre outros fatores, ao otimismo da reunião agendada entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), liderada pelo reino saudita, e o grupo de nações aliadas, conhecido como Opep+, encabeçado por Moscou.
A redução da produção global é o cerne da discussão, medida ponderada para atenuar os impactos econômicos da pandemia de coronavírus, que obscurece a demanda.
No encontro da Opep+ realizado em março, a Rússia rejeitou a proposta de corte de 1,5 milhão de barris por dia proposta pela Arábia Saudita; o que desencadeou a derrocada do mercado.