Commodities

Petróleo recua com preocupações por possível retorno do Irã ao mercado

27 maio 2021, 8:37 - atualizado em 27 maio 2021, 8:37
Petróleo
O petróleo Brent recuava 0,59 dólar, ou 0,86%, a 68,28 dólares por barril, às 8:19 (horário de Brasília) (Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian)

Os preços do petróleo caíam nesta quinta-feira, mas seguiam dentro de um intervalo limitado visto pelas cotações nesta semana, em meio a preocupações com a demanda na Índia devido à crise do coronavírus e um potencial aumento da oferta do Irã, compensados parcialmente por otimismo sobre a melhora na demanda por combustíveis no verão nos Estados Unidos.

O petróleo Brent recuava 0,59 dólar, ou 0,86%, a 68,28 dólares por barril, às 8:19 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía 0,57 dólar, ou 0,86%, a 65,64 dólares por barril.

O Irã e potências globais têm negociado em Viena desde abril para definir passos que os governos iraniano e norte-americano precisariam seguir para que sanções sobre o setor de petróleo do país devido a seu programa nuclear possam ser retiradas.

“Os dados de mobilidade na Europa e nos EUA estão se beneficiando da vacinação, o que apóia os preços, mas acho que os participantes do mercado querem ter mais clareza sobre como as negociações nucleares em Viena vão evoluir, o que coloca um teto sobre as cotações”, disse o analista de petróleo do UBS, Giovanni Staunovo.

Esse deverá ser um grande tema na próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, a Opep+, em 1° de junho. Produtores terão que avaliar se mudarão seus planos de aliviar cortes de produção diante da prespectiva de retorno do Irã ao mercado.

Analistas dizem que qualquer aumento de oferta do Irã seria apenas gradual, com o JPMorgan estimando que o país poderia aumentar a produçaõ em 500 mil barris por dia (bpd) até o final do ano e mais 500 mil bpd até agosto de 2022.

Uma possível prorrogação de medidas emergenciais associadas à Covid-19 no Japão também gerava preocupação sobre a demanda, uma vez que o país é o quarto maior importador global de petróleo.