Mercados

Petróleo recua pela 4ª vez consecutiva com estoques nos EUA e conflito no Oriente Médio

21 ago 2024, 16:59 - atualizado em 21 ago 2024, 17:01
petróleo
O barril do petróleo continua a precificar as preocupações sobre a demanda da commodity

O petróleo registrou o quarto dia consecutivo de quedas com o barril negociado abaixo de US$ 80 com a divulgação de novos dados econômicos dos Estados Unidos e a ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed). O conflito no Oriente Médio e as preocupações com a demanda da China seguiram no radar.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento para outubro, terminaram o dia com queda de 1,49%, a US$ 76,05 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para outubro caíram 1,69%, a US$ 71,93 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos (EUA). 

O que mexeu com petróleo hoje?

O petróleo reagiu à revisão do mercado de trabalho nos Estados Unidos e dados semanais de estoques da commodity.

Segundo o Departamento do Trabalho norte-americano, o país criou menos emprego no ano até março do que o anteriormente divulgado. Nesta quarta-feira (21), o órgão divulgou dados revisados do mercado de trabalho.

A estimativa para o total de postos de trabalho criados no período de abril de 2023 a março de 2024 foi reduzida em 818.000.

O número nitidamente mais baixo é a primeira de duas revisões anuais de “referência” realizadas pelo departamento, conforme ele coleta dados mais precisos disponibilizados apenas nos meses seguinte à publicação do seu relatório mensal, o payroll.

Se a contagem se mantiver até a revisão final em fevereiro, será a maior revisão para baixo desde a redução de 902.000 empregos em março de 2009.

Já os estoques de petróleo bruto caíram em 4,6 milhões de barris, para 426 milhões de barris na semana, segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Os analistas ouvidos pela Reuters projetavam uma redução de 2,7 milhões de barris no período.

Os dados revisados de empregos compensaram o suporte de queda nos estoques de petróleo dos EUA e as atas divulgadas recentemente pelo Federal Reserve, indicando um provável corte nas taxas em setembro.

Enquanto isso, as preocupações dos investidores persistiam quanto à perspectiva de fraqueza econômica na China, pesando sobre a demanda de petróleo bruto do país.

Os investidores continuaram a monitorar tratativas de cessar-fogo em Gaza. As negociações seguem sem novidades.

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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