Petróleo: Por que a Prio (PRIO3) está apanhando mais do mercado que a Petrobras (PETR4)
Prio (PRIO3) e Petrobras (PETR4) vivem cenários bens distintos na bolsa, pelo menos nas últimas cinco sessões. Enquanto a estatal disparou 11,76%, a petroleira júnior despencou 7,69% no mesmo período.
Ambas as empresas estão expostas ao petróleo, que derreteu nos últimos dias, mesmo com o corte anunciado pela Opep.
Hoje a cotação do barril caiu mais 4,02%, a US$ 71,93. Mas por que, então, a diferença gritante entre as cotações das empresas?
João Abdouni, analistas da Levante, explica que enquanto a Prio precisa de um petróleo elevado para ter mais rentabilidade, a Petrobras consegue navegar bem com o petróleo entre US$ 65 e US$ 75.
“Como a estatal é mais eficiente e tem um custo de produção menor, consegue ter um bom ganho nessa faixa sem que o governo precise segurar na bomba o preço do combustível”, explica.
Ou seja, a commodity em um patamar não muito alto protege a estatal de possíveis intervenções.
JPMorgan recomenda compra
Mais cedo, o JP Morgan elevou a recomendação para as ações da Petrobras, de “neutra” para “overweight”, e aumentou os preços-alvo dos papéis PN e ON, de R$ 30,50 para R$ 41.
O banco, em relatório assinado por Rodolfo Angele e equipe, citou uma redução na percepção de risco e destacou os dividendos alinhados a pares globais.
“Embora a nova administração mude de estratégia, essas mudanças não são tão significativas, o que significa que a Petrobras permanece como uma ação subvalorizada gerando FCF (fluxo de caixa livre) substancial”, afirmaram os analistas.
A Petrobras paga R$ 0,875 por papel em dividendos sexta-feira (16). A data de corte, no entanto, foi em 27 de abril deste ano. As ações preferenciais da empresa subiam 0,36% hoje, a R$ 30,39.
Com Kaype Abreu