Petróleo pode superar US$ 100 por barril até o fim do ano, diz Bank of America
O petróleo surfa uma maré positiva. Na sexta-feira (15), inclusive, os preços tocaram uma máxima de 10 meses e registraram um terceiro ganho semanal. Os analistas do Bank of America avaliam que a commodity pode ultrapassar os US$ 100 por barril se a Opep+ mantiver os cortes.
Os futuros do petróleo Brent subiram 0,3%, a US$ 93,93 dólares por barril, enquanto os futuros nos EUA (WTI) subiram 0,7%, a US$ 90,77 por barril.
O movimento veio após o aperto na oferta diante desses cortes de produção da Arábia Saudita combinados com um otimismo em torno da demanda chinesa.
- A alta do petróleo não fez nem cócegas nas ações da Petrobras (PETR4), que subiram quase 50% desde maio; Assista ao Giro do Mercado desta sexta-feira (15) e saiba se é hora de investir na petroleira.
A disparada do petróleo
Os analistas do BofA avaliam que, após a crise que abalou os mercados energéticos no ano passado, a Ásia lidera mais uma vez o crescimento da demanda global de energia, apesar das preocupações quanto às perspectivas económicas da China.
“Embora a atividade industrial e o setor imobiliário estejam fracos, as tendências dos transportes na China permanecem bastante positivas, mantendo baixas as quotas de exportação de combustíveis petrolíferos e os mercados de produtos asiáticos relativamente apertados”, dizem.
Além disso, eles destacam que a China ainda acumula existências de petróleo durante meses para corresponder à sua crescente dependência das importações.
Entretanto, as refinarias domésticas da China têm funcionado bem, o que acabou por empurrar as importações de petróleo bruto para um nível quase recorde de 12,4 milhões de b/d em Agosto.
“Se a OPEP+ mantiver os cortes de oferta em curso até ao final do ano, face ao cenário positivo da procura na Ásia, acreditamos agora que os preços do Brent poderão ultrapassar os US$ 100 por barril antes”, afirmam.