Petróleo: Pior semana desde março chega ao fim; entenda o que assustou os investidores
Os contratos futuros de petróleo fecharam esta sexta-feira (6) com leves ganhos, mas nada que pudesse salvar a commodity do forte tombo que definiu a primeira semana do mês.
O petróleo tipo Brent, referência utilizada pela Petrobras para compor os preços internos de combustíveis, perdeu 8,8% nos últimos cinco dias e terminou o pregão cotado aos US$ 84 por barril.
A pior percepção sobre a demanda foi se agravando conforme dados preliminares do mercado de trabalho nos Estados Unidos mostraram uma economia ainda resiliente.
Na prática, isso pode abrir brechas pro Fed manter os juros mais altos e por mais tempo, apoiando o rendimento dos títulos e fortalecendo o dólar.
Essa combinação “explosiva” pressionou negativamente o prospecto de demanda não só na principal economia do mundo, como também na Europa. Enquanto isso, dados econômicos da China mostram que o principal importador do mundo ainda encontra dificuldades para sair da estagnação.
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Correção do petróleo teve origem em dado de estoques de gasolina nos EUA
A forte correção observada nesta semana teve como estopim o aumento de estoques de gasolina nos Estados Unidos, conforme divulgação do Departamento de Energia dos EUA.
Segundo o levantamento do governo americano, os estoques do combustível subiram em 6,5 milhões de barris, o maior avanço desde janeiro de 2022.
Embora possa sinalizar indiretamente um enfraquecimento da economia, o banco britânico Barclays qualifica a reação do mercado como desmedida. “A recente correção nos preços do petróleo foi demasiado rápida e, na nossa opinião, em grande parte injustificada.”
O banco britânico afirma que foi dada demasiada atenção às estimativas semanais de demanda.