Petróleo fica de lado com dados mais fracos na China e à espera de decisão sobre juros nos EUA
O petróleo encerrou as negociações desta segunda-feira (16) em queda após uma semana de altas consecutivas. A commodity foi pressionada por dados mais fracos do que o esperado na China e expectativas sobre a decisão de juros nos Estados Unidos.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para fevereiro de 2025, terminaram a sessão com avanço de 0,78%, a US$ 73,91 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para janeiro caíram 0,81%, a US$ 70,71 o barril, no New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.
O que mexeu com o petróleo hoje?
Os preços do petróleo perderam a força após uma série de altas, com dados mais fracos na China.
A produção industrial da China cresceu 5,4% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas. O número superou as expectativas de um aumento de 5,3% em pesquisa da Reuters.
No entanto, as vendas no varejo, um indicador do consumo, cresceram no ritmo mais fraco em três meses no mês passado, a uma taxa de 3,0% — uma desaceleração em relação a outubro, quando o setor subiu 4,8%. Os analistas haviam previsto uma expansão de 4,6%.
Com os dados mistos, o mercado ficou mais atento às novas tarifas comerciais dos Estados Unidos sobre o gigante asiático no ano que vem, impostas pelo governo Trump.
A decisão de política monetária norte-americana também entrou no radar. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) se reúne nos próximos dois dias. O Banco Central deve cortar os juros em 25 pontos-base, para a faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, na próxima quarta-feira (18).
As taxas de juros mais baixas podem estimular o crescimento econômico e aumentar a demanda por petróleo.
Na semana passada, o petróleo se beneficiou da expectativa de redução da oferta com sanções adicionais aos produtores de petróleo Rússia e Irã, enquanto possíveis taxas de juros mais baixas nos Estados Unidos e na Europa estimulariam a demanda.
*Com informações de Reuters