Petróleo sobe 2% com escalada das tensões entre Ucrânia e Rússia
Nesta quinta-feira (21), o petróleo engatou uma nova alta em meio à escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para janeiro de 2025, terminaram a sessão em alta de 1,95%, a US$ 74,23 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro subiram 1,96%, a US$ 70,10 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.
O que mexeu com o petróleo hoje?
O petróleo, considerado um “termômetro” do sentimento dos investidores, seguiu pressionado pelo aumento à aversão ao risco dos investidores com a escalada das tensões da guerra Rússia-Ucrânia.
A Ucrânia disse que a Rússia disparou um novo tipo de míssil contra a cidade de Dnipro e, embora tenha havido debates sobre o tipo, parecia ser uma arma com capacidade nuclear que carregava várias ogivas, em uma nova escalada da guerra de 33 meses.
Segundo as autoridades ucranianas, o exército de Putin usou um míssil balístico intercontinental, uma arma projetada para ataques nucleares de longa distância e nunca antes usada em guerra. Três autoridades dos EUA disseram que se tratava de um míssil balístico de alcance intermediário, com alcance menor.
“Hoje foi lançado um novo míssil russo. Todas as características — velocidade, altitude — são (de um) míssil balístico intercontinental. Uma (investigação) especializada está em andamento”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em uma declaração por vídeo.
Nesta semana, a Ucrânia disparou mísseis norte-americanos e britânicos contra alvos dentro da Rússia, apesar dos avisos de Moscou de que consideraria tal ação como uma grande escalada.
Em segundo plano, o aumento nos estoques da commodity nos Estados Unidos pesou sobre os preços.
Os estoques de petróleo no país tiveram alta de 545 mil de barris, a 430,29 milhões de barris na semana encerrada em 15 de novembro, segundo dados divulgados pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês)na véspera.
O resultado superou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda de 800 mil barris no período.
*Com informações de Reuters