Petróleo avança com dólar fraco antes dos resultados das eleições nos EUA
Nesta terça-feira (5), o petróleo fechou em alta pela quinta vez consecutiva. A commodity ganhou força em meio ao enfraquecimento do dólar, com os investidores na expectativa pelo resultado das eleições à presidência nos Estados Unidos.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para janeiro de 2025, terminaram a sessão em alta de 0,59%, a US$ 75,53 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro subiram 0,72%, a US$ 71,99 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA.
O que mexeu com petróleo hoje?
O petróleo teve mais um dia de ganhos. Dessa vez, o impulso foi dado pela fraqueza do dólar no dia das eleições nos Estados Unidos.
O indicador DXY, que compara a divisa norte-americana a uma cesta de seis moedas globais, atingiu a mínima em mais de três semanas.
Os candidatos à presidência do maior economia do mundo Kamala Harris e Donald Trump estão empatados nas pesquisas de opinião. O mercado considera que o vencedor da corrida presidencial só deve ser conhecido vários dias após o término da votação.
Em linhas gerais, um dólar mais fraco torna o petróleo mais barato em outros países, o que pode aumentar a demanda pelo combustível.
Além disso, empresas de energia do Golfo do México começaram a retirar trabalhadores de plataformas offshore antes da tempestade tropical Rafael — a previsão de meteorologistas é de que a tempestade se fortaleça e se torne furacão ainda nesta semana. Analistas dizem que a tempestade pode reduzir a produção de petróleo em cerca de 4 milhões de barris.
Em segundo plano, os investidores ainda repercutem a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) em adiar o aumento da produção da commodity, segundo fontes à Reuters.
No domingo, a Opep+ disse que estenderia o corte de produção de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) por mais um mês em dezembro, com um aumento já adiado de outubro devido à queda dos preços e à fraca demanda.
O grupo estava programado para aumentar a produção em 180.000 barris por dia em dezembro. A Opep+ já havia adiado o aumento de outubro devido à queda dos preços.
A escalada nas tensões no Oriente Médio segue no radar.
*Com informações de Reuters