Mercados

Petróleo avança com dólar fraco antes dos resultados das eleições nos EUA

05 nov 2024, 17:03 - atualizado em 05 nov 2024, 17:03
Petróleo oriente médio
O petróleo ganhou força em meio ao enfraquecimento do dólar com os investidores concentrados nas eleições dos EUA (Imagem: iStock/vadimrysev)

Nesta terça-feira (5), o petróleo fechou em alta pela quinta vez consecutiva. A commodity ganhou força em meio ao enfraquecimento do dólar, com os investidores na expectativa pelo resultado das eleições à presidência nos Estados Unidos.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para janeiro de 2025, terminaram a sessão em alta de 0,59%, a US$ 75,53 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro subiram 0,72%, a US$ 71,99 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. 

O que mexeu com petróleo hoje?

O petróleo teve mais um dia de ganhos. Dessa vez, o impulso foi dado pela fraqueza do dólar no dia das eleições nos Estados Unidos.

O indicador DXY, que compara a divisa norte-americana a uma cesta de seis moedas globais, atingiu a mínima em mais de três semanas.

Os candidatos à presidência do maior economia do mundo Kamala Harris e Donald Trump estão empatados nas pesquisas de opinião. O mercado considera que o vencedor da corrida presidencial só deve ser conhecido vários dias após o término da votação.

Em linhas gerais, um dólar mais fraco torna o petróleo mais barato em outros países, o que pode aumentar a demanda pelo combustível.

Além disso, empresas de energia do Golfo do México começaram a retirar trabalhadores de plataformas offshore antes da tempestade tropical Rafael —  a previsão de meteorologistas é de que a tempestade se fortaleça e se torne  furacão ainda nesta semana. Analistas dizem que a tempestade pode reduzir a produção de petróleo em cerca de 4 milhões de barris.

Em segundo plano, os investidores ainda repercutem a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) em adiar o aumento da produção da commodity, segundo fontes à Reuters.

No domingo, a Opep+ disse que estenderia o corte de produção de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) por mais um mês em dezembro, com um aumento já adiado de outubro devido à queda dos preços e à fraca demanda.

O grupo estava programado para aumentar a produção em 180.000 barris por dia em dezembro. A Opep+ já havia adiado o aumento de outubro devido à queda dos preços.

A escalada nas tensões no Oriente Médio segue no radar.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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