Petróleo: Os dados (e o temor) que fazem preços dispararem; confira
Na tarde desta quinta-feira (15), os preços dos barris de petróleo subiram quase 2%, impulsionados pela queda do dólar, aumento de estoques de petróleo dos EUA e recessões internacionais.
De acordo com a Reuters, os dados fracos de vendas no varejo dos Estados Unidos (EUA), mais baixos do que o esperado para janeiro, provocaram uma queda no dólar de cerca de 0,3%.
No país, o pessimismo com relação aos cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) prossegue. De acordo com o CME Fed Watch Tool, as apostas estão concentradas em junho, com 82% do mercado acreditando nos cortes durante a reunião dessa data.
As previsões já foram mais otimistas, com a crença de que os cortes seriam realizados em março. A situação ocorreu antes das falas de Jerome Powell, presidente do Fed, que negou os cortes para a data e acabou com a esperança do mercado.
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Ainda, de acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), houve uma redução na previsão de crescimento da procura de petróleo em 2024.
De acordo com a AIE, a previsão de crescimento foi alterada de 1,24 para 1,22 milhões de barris por dia. A oferta, por outro lado, pode sofrer um aumento de 1,7 milhões de barris por dia.
A Reuters afirma que a economia internacional também influenciou os preços dos barris, citando a recessão da Grã-Bretanha e do Japão, que cedeu o título de terceira maior economia do mundo à Alemanha.
Às 15h15, no horário de Brasília, o petróleo Brent subia 1,7%, alcançando US$ 82,99, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) subia 2%, chegando a US$ 78,16.
Algumas horas depois, às 16h40, o mercado parecia mais tranquilo, apesar de ainda sofrer com as consequências da notícia.
Durante esse horário, o Brent subia 1,53%, chegando a US$ 82,85, enquanto o WTI tinha alta de 1,83%, na cotação de US$ 78,04.