Petróleo avança mais de 1% com promessa de estímulos na China e Oriente Médio
Nesta segunda-feira (9), o petróleo ganhou força e fechou com alta de mais de 1% com a nova escalada de tensões no Oriente Médio, com a queda de do presidente Bashar al-Assad na Síria. A expectativa por novos estímulos na China também impulsionaram as cotações da commodity.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para fevereiro de 2025, terminaram a sessão com alta de 1,43%, a US$ 72,14 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para janeiro subiram 1,74%, a US$ 68,37 o barril, no New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.
O que mexeu com o petróleo hoje?
O petróleo ganhou força com a escalada das tensões no Oriente Médio, com a queda do presidente Bashar al-Assad na Síria — após 24 anos da família Assad no poder.
Ontem (8), os rebeldes sírios declararam ter deposto Assad após assumirem o controle de Damasco, forçando-o a fugir e pondo fim às décadas de governo autocrático após mais de 13 anos de guerra civil.
O ritmo dos acontecimentos surpreendeu as capitais árabes e levantou preocupações sobre uma nova onda de instabilidade em uma região que já tem concentrado tensões geopolíticas, como a guerra na Faixa de Gaza.
Embora a Síria não seja um grande produtor de petróleo, o pais tem influência geopolítica devido à sua localização e aos laços com a Rússia e o Irã e, combinada com as tensões em outras partes da região, a mudança de regime tem o potencial de se espalhar para territórios vizinhos.
Nesta segunda-feira (9), a China também anunciou que adotará uma política monetária “adequadamente frouxa” no próximo ano como parte das medidas de apoio ao crescimento econômico, por meio da mídia estatal Xinhua. Essa é a primeira mudança para “afrouxamento” desde 2010.
O governo chinês também prometeu medidas para estabilizar os mercados de ações e imóveis — o que também contribuiu para o forte desempenho das commodities hoje (9).
Vale lembrar que a a desaceleração da China foi um fator por trás da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) de adiar os planos de maior produção até abril do ano que vem.
*Com informações de Reuters