Petróleo avança mais de 1% com conflito Ucrânia-Rússia; commodity acumula alta pela 2ª semana consecutiva
Nesta sexta-feira (22), os investidores seguiram acompanhando a escalada de tensões entre a Ucrânia e Rússia, o petróleo estendeu os ganhos e encerrou a semana com saldo positivo.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para janeiro de 2025, terminaram a sessão em alta de 1,26%, a US$ 75,17 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na semana, o Brent acumulou ganhos de 5,7%.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para janeiro subiram 1,63%, a US$ 71,24 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. Nos últimos cinco pregões, o WTI subiu 6,5%.
O que mexeu com o petróleo hoje?
O petróleo, considerado um “termômetro” do sentimento dos investidores, seguiu pressionado pelo aumento à aversão ao risco dos investidores com a escalada das tensões da guerra Rússia-Ucrânia.
Nesta sexta-feira (22), a Rússia disse o ataque com um míssil balístico hipersônico recém-desenvolvido na Ucrânia, na véspera (21), tinha o objetivo de ser uma mensagem ao Ocidente de que Moscou responderá às decisões e ações “imprudentes” em apoio ao país governado por Volodymyr Zelensky.
“A principal mensagem é que as decisões e ações imprudentes dos países ocidentais que produzem mísseis, fornecendo-os à Ucrânia e, posteriormente, participando de ataques ao território russo não podem ficar sem uma reação do lado russo”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov aos repórteres.
Ontem (21), Vladimir Putin afirmou que a Rússia havia disparado o novo míssil depois que a Ucrânia, com a aprovação do governo Biden, atacou a Rússia com seis mísseis ATACMS fabricados nos Estados Unidos na terça-feira (19) e com mísseis de cruzeiro britânicos Storm Shadow e HIMARS fabricados nos EUA na quinta-feira.
Ele afirmou que isso significava que a guerra na Ucrânia havia agora “adquirido elementos de caráter global”.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que o uso do novo míssil pela Rússia representou “uma escalada clara e severa” na guerra e pediu uma forte condenação mundial.
*Com informações de Reuters