Petróleo fecha estável com escalada das tensões no conflito Rússia-Ucrânia e retomada de produção na Noruega
Nesta terça-feira (19), o petróleo operou estável com o aumento da aversão ao risco em meio à escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para janeiro de 2025, terminaram a sessão em alta de 0,01%, a US$ 73,31 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro subiram 0,10%, a US$ 69,24 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.
O que mexeu com o petróleo hoje?
O petróleo, considerado um “termômetro” do sentimento dos investidores, foi pressionado pelo aumento da cautela nos mercados, de olho na guerra Rússia-Ucrânia.
Nesta terça-feira (19), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, aprovou alterações para a doutrina nuclear russa, flexibilizando as condições para um ataque nuclear do país ao permitir o uso de armas nucleares caso sofra uma ofensiva convencional de um inimigo apoiado por um Estado nuclear.
Em suma, a Rússia considerará um ataque nuclear caso o país, ou seu aliado Belarus, enfrente uma agressão “com o uso de armas convencionais que crie uma ameaça crítica à sua soberania e (ou) à sua integridade territorial”.
A doutrina anterior, estabelecida em um decreto de 2020, dizia que o país russo poderia usar armas nucleares no caso de um ataque nuclear por um inimigo ou um ataque convencional que ameaçasse a existência do Estado.
A decisão ocorreu dias depois de o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter supostamente aprovado o uso de mísseis norte-americanos pela Ucrânia para ataques ao território russo.
Hoje, a guerra na Ucrânia, que entrou em seu milésimo dia, tornou-se o mais grave confronto entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962 – considerada o mais próximo que as duas superpotências da Guerra Fria chegaram de uma guerra nuclear intencional.
Em segundo plano, a norueguesa Equinor retomou a produção parcial do campo petrolífero Johan Sverdrup, o maior da Europa Ocidental, após uma queda de energia na véspera — que refletiu na queda de mais de 3% do petróleo ontem (18).
*Com informações de Reuters