Petróleo fecha em leve alta com escalada das tensões no Oriente Médio; Brent cai mais de 3% na semana
O petróleo reduziu as perdas da semana nesta sexta-feira (27) com os conflitos no Oriente Médio no centro das atenções dos investidores.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para dezembro, terminaram a sessão com alta de 0,53%, a US$ 71,98 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na semana, os futuros do Brent caíram 3,49%.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para novembro subiram 0,75%, a US$ 68,18 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. O WTI caiu 4,14% na semana.
O que mexeu com petróleo hoje?
O petróleo teve um novo impulso com a escalada das tensões no Oriente Médio.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, condenou o Irã e defendeu os ataques de Israel contra combatentes apoiados pelos iranianos no Líbano e em Gaza, em um discurso na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (27), enquanto diplomatas correm para garantir uma pausa no conflito cada vez maior.
Analistas do mercado de petróleo alertam há meses que uma guerra entre Israel e o Hezbollah, que até agora têm trocado disparos de foguetes, poderia forçar o Irã — membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) —, a intervir diretamente, aumentando o risco de interrupções no fornecimento de petróleo bruto no Oriente Médio.
Além disso, dados nos Estados Unidos, como o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, sugeriram uma melhora no consumo norte-americano e na perspectiva de demanda do óleo.
A commodity também seguiu repercutindo a notícia de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) deve prosseguir com o aumento na produção da commodity em dezembro, na tentativa de “compensar” os cortes voluntários na oferta de alguns membros do grupo.
Segundo fontes à Reuters, a medida deve ter um impacto pequeno, mas elevou as preocupações sobre a demanda do petróleo em meio à desaceleração das principais economias do mundo — como a China.
Nos últimos meses, alguns membros da Opep, como a Rússia e a Arábia Saudita, têm realizado cortes na produção de petróleo para sustentar os preços.
*Com informações de Reuters