Mercados

Petróleo cai mais de 1% com decisão da Opep+ no radar e fecha semana em tom negativo

06 dez 2024, 17:22 - atualizado em 06 dez 2024, 17:23
Petróleo oriente médio
O petróleo recuou com adiamento dos cortes na produção pela Organização dos Países Exportadores do Petróleo e Aliados (Opep+) (Imagem: iStock/vadimrysev)

Nesta sexta-feira (6), o petróleo engatou a terceira queda consecutiva com os investidores reagindo à decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) e escalada das tensões geopolíticas.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para fevereiro de 2025, terminaram a sessão com queda de 1,34%, a US$ 71,12 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na semana, o Brent caiu 1%.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para janeiro caíram 1,61%, a US$ 67,20 o barril, no New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. A referência do óleo norte-americano acumulou baixa de 1,17% na semana. 

O que mexeu com o petróleo hoje?

O petróleo estendeu as perdas da véspera ainda reagindo à decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), realizada na última quinta-feira (5).

A desaceleração da demanda global e o aumento da produção fora do grupo forçaram o grupo a adiar os planos de redução nos cortes da produção mais uma vez.

Agora, a redução gradual dos cortes de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) começará em abril do ano que vem, com aumentos mensais de 138 mil bpd, segundo cálculos da Reuters, e durará 18 meses até setembro de 2026. A Opep+ produz cerca de metade do petróleo do mundo.

As escaladas das tensões geopolíticas também repercutiram sobre o petróleo.

O presidente Vladimir Putin disse que a Rússia poderia colocar seu novo míssil hipersônico de alcance intermediário Oreshnik no território de Belarus no segundo semestre do próximo ano.

A Rússia disparou o Oreshnik pela primeira vez contra a cidade ucraniana de Dnipro em 21 de novembro, no que Putin considerou uma resposta à Ucrânia, que usou mísseis balísticos ATACMs, dos EUA, e Storm Shadows, britânicos, para atacar o território russo com a permissão do Ocidente.

Putin disse que o país pode usar o Oreshnik novamente, inclusive para atingir “centros de tomada de decisão” em Kiev, caso a Ucrânia continue atacando a Rússia com armas ocidentais de longo alcance.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse ao jornalista norte-americano Tucker Carlson, em uma entrevista divulgada na última quinta-feira (5), que o disparo do Oreshnik por Moscou foi um sinal de que o Ocidente deve levar a Rússia a sério.

*Com informações de Reuters 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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