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Petróleo ignora ataque de Israel ao Líbano e fecha em queda pelo terceiro pregão consecutivo

30 jul 2024, 16:43 - atualizado em 30 jul 2024, 16:43

(Imagem: REUTERS/Stringer/Archivo) 

O petróleo repetiu o desempenho negativo da sessão anterior e encerrou as negociações em queda de mais de 1%. Essa é a terceira baixa consecutiva da commodity.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento para outubro, terminaram o dia com queda de 1,24%, a US$ 78,07 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI), para setembro, recuaram 1,42%, a US$ 74,73 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos (EUA). 

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O que mexeu com petróleo hoje?

Os contratos do petróleo recuaram mesmo com a perda de força do dólar no mercado internacional e a possível escalada do conflito entre Israel e grupo extremista Hamas.

Durante a tarde, Israel confirmou um ataque a Beirute contra o comandante do Hezbollah.

“As IDF realizaram um ataque direcionado em Beirute contra o comandante responsável pelo assassinato de crianças em Majdal Shams e pelo assassinato de vários outros civis israelenses”, disseram as Forças de Defesa de Israel em um comunicado.

A agência de notícias nacional estatal do Líbano disse que um ataque israelense teve como alvo a área em torno do Conselho Shura do Hezbollah, no bairro de Haret Hreik, na capital.

Beirute vinha vivendo dias de tensão, antes de um esperado ataque israelense em retaliação a um ataque ao vilarejo druso de Majdal Shams, nas Colinas de Golã ocupadas por Israel, que matou uma dúzia de jovens. Israel e os Estados Unidos culparam o Hezbollah pelo ataque. O Hezbollah negou a responsabilidade.

Além disso, a próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados liderados pela Rússia — grupo conhecido como Opep+ — mantêm-se no foco dos investidores.

O grupo realizará o encontro do Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto (JMMC, na sigla em inglês) em 1º de agosto.

Segundo a Reuters,  é improvável que a Opep+ faça qualquer mudança em seu acordo atual para cortar a produção e começar a desfazer alguns cortes a partir de outubro, apesar das recentes quedas acentuadas nos preços do petróleo.

Atualmente, a Opep+ está cortando sua produção em um total de 5,86 milhões de barris por dia (bpd), ou cerca de 5,7% da demanda global, em uma série de medidas acordadas desde o final de 2022.

O petróleo Brent caiu cerca de 9% no mês até agora, sendo negociado abaixo de US$ 80 o barril nesta terça-feira (30), perdendo força com a preocupação com a força da demanda chinesa.

*Com informações de Reuters e CNBC