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Petróleo tem tombo de mais de 6% depois do ataque ‘contido’ de Israel contra o Irã

28 out 2024, 16:07 - atualizado em 28 out 2024, 16:09
Brava - Petróleo
O petróleo perdeu força com a retaliação mais contida de Israel contra o Irã no fim de semana; eleições dos EUA e Opep+ estão no radar (Imagem: iStock/Joa_Souza)

O petróleo caiu forte nesta segunda-feira (28) após o ataque limitado de Israel ao Irã, frustrando as expectativas do mercado.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para dezembro, terminaram a sessão em baixa de 6,12%, a US$ 71,00 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro caíram 6,12%, a US$ 67,38 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. Esse foi o maior recuo intradiário do WTI desde 2022. 

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O que mexeu com petróleo hoje?

O petróleo perdeu força com o arrefecimento das tensões no Oriente Médio.

No fim de semana, Israel fez um ataque retaliatório contra o Irã.

Dezenas de jatos israelenses concluíram três ondas de ataques antes do amanhecer de sábado contra fábricas de mísseis e outros locais próximos a Teerã e no oeste do Irã, na mais recente troca de agressões entre os rivais do Oriente Médio.

Ao contrário das expectativas do mercado, o conflito não atingiu instalações petrolíferas e nucleares e, consequentemente, não interrompeu o fornecimento de energia — como o esperado e até então, precificado pelo mercado.

O Citi reduziu o preço-alvo para o Brent para os próximos três meses de US$ 74 para US$ 70 o barril, levando em conta um prêmio de risco menor no curto prazo, escreveram os analistas liderados por Max Layton em relatório.

Vale lembrar que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, um grupo conhecido como Opep+, mantiveram a política de produção de petróleo inalterada no mês passado, incluindo um plano para começar a aumentar a produção a partir de dezembro. O grupo se reunirá novamente em 1º de dezembro.

*Com informações de Reuters