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Petróleo tomba com perspectiva de aumento de produção pela Arábia Saudita e Opep+

26 set 2024, 16:23 - atualizado em 26 set 2024, 16:23
petróleo
O anúncio de novos estímulos na China não foram suficientes para conter as preocupações sobre a demanda do petróleo (Imagem: REUTERS/Stringer/Archivo)

O petróleo estendeu as perdas da véspera e fechou em nova queda com rumores de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) deve aumentar a produção da commodity em dezembro. A retomada de operações na Líbia e promessa de novos estímulos na China também repercutiram sobre o óleo bruto.

Nesta quinta-feira (26), os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para dezembro, terminaram a sessão com baixa de 2,48%, a US$ 71,09 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para novembro caíram 2,90%, a US$ 67,67 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. 

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O que mexeu com petróleo hoje?

O petróleo é considerado um dos termômetros do humor dos investidores no mercado. Mas, nesta quinta-feira (26), as notícias sobre a commodity pesaram sobre o desempenho.

Mesmo com as bolsas de Nova York e da Europa nas máximas intradia, o petróleo chegou a tombar mais de 3%.

A commodity repercutiu a notícia de que a Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, abrirá mão de sua meta de preço do barril, de US$ 100, para aumentar a produção. As informações foram divulgadas pelo Financial Times.

Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) deve prosseguir com o aumento na produção da commodity em dezembro, na tentativa de “compensar” os cortes voluntários na oferta de alguns membros do grupo.

Segundo fontes à Reuters, a medida deve ter um impacto pequeno, mas elevou as preocupações sobre a demanda do petróleo em meio à desaceleração das principais economias do mundo — como a China.

Nos últimos meses, alguns membros da Opep, como a Rússia e a Arábia Saudita, têm realizado cortes na produção de petróleo para sustentar os preços.

Além disso, a expectativa de retomada de produção do óleo pela Líbia pressiona o desempenho da commodity.

Ontem (25), foram nomeados novos membros do Banco Central, em resolução ao conflito iniciado em agosto.

No mês passado, o governo oriental da Líbia, em Benghazi, informou que a interrupção  da produção e das exportações do óleo devido à disputa com o governo ocidental, reconhecido internacionalmente em Trípoli, sobre quem deveria liderar o BC.

As exportações de petróleo bruto da Líbia atingiram uma média de cerca de 400.000 barris por dia (bpd) em setembro, abaixo dos mais de 1 milhão de bpd em agosto.

A tensão com os conflitos no Oriente Médio também repercutem sobre o petróleo.

Analistas do mercado de petróleo alertam há meses que uma guerra entre Israel e o Hezbollah, que até agora têm trocado disparos de foguetes, poderia forçar o Irã — membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) —, a intervir diretamente, aumentando o risco de interrupções no fornecimento de petróleo bruto no Oriente Médio.

*Com informações de Reuters e Financial Times