Petróleo tem nova baixa com eleições nos EUA e Oriente Médio no radar
O petróleo acompanhou o ritmo da véspera e fechou em nova queda nesta quinta-feira (24). A commodity seguiu pressionada pela incerteza sobre a eleição nos Estados Unidos e os conflitos no Oriente Médio.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para dezembro, terminaram a sessão em queda de 0,77%, a US$ 74,38 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro caíram 0,81%, a US$ 70,19 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. Durante a sessão, o WTI chegou a operar abaixo de US$ 69 o barril.
O que mexeu com petróleo hoje?
O petróleo perdeu força em meio à crescente aversão ao risco dos mercados.
Na Europa, a atividade empresarial da zona do euro estagnou novamente neste mês, permanecendo em território contracionista.
O Índice de Gerentes de Compras Consolidado preliminar, compilado pela S&P Global, subiu para 49,7 em outubro, em comparação com os 49,6 registrados em setembro. esquisa da Reuters apontava expectativa de um aumento maior, para 49,8.
Apesar do avanço na comparação mensal, o índice permaneceu abaixo da marca de 50, indicando contração da atividade industrial pelo segundo mês consecutivo.
O ritmo de crescimento econômico mais lento na Europa aumentou as preocupações sobre a demanda de energia.
Considerado também um “termômetro de risco”, o petróleo também acompanhou a escalada da cautela dos investidores, que já precificam uma eventual vitória de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos.
As preocupações sobre o risco potencial de paralisação do fornecimento de petróleo devido aos conflitos no Oriente Médio seguiram no radar.
Os analistas do Julius Baer afirmam que, apesar das incertezas, os preços do petróleo têm oscilado de forma contida nos últimos dias. Eles destacam que o nervosismo do mercado sobre um confronto direto entre Israel e Irã é “palpável”, mas as perspectivas de longo prazo suavizaram.
O banco reduziu as estimativas e prevê o petróleo negociado a US$ 65 o barril no fim de 2025.
*Com informações de Reuters