Mercados

Petróleo fecha em leve queda com corte de juros na China e a despeito da desvalorização do dólar

22 jul 2024, 18:10 - atualizado em 22 jul 2024, 18:10

petróleo opep xp investimentos(Imagem: REUTERS/Stringer/Archivo) 

O petróleo fechou em queda nesta segunda-feira (22) com o anúncio de corte de juros ‘inesperado’ na China e a despeito da valorização do dólar no mercado internacional em reação à desistência do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na corrida presidencial. 

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento em setembro, terminaram o dia com queda de 0,28%, a US$ 82,50 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Durante o pregão, os preços atingiram o menor nível em mais de um mês.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI), para setembro, caíram 0,31%, a US$ 78,40 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. 

O que mexeu com petróleo hoje

Em primeiro lugar, a China cortou sua principal taxa de juros de curto prazo e suas taxas de empréstimo de referência, em uma tentativa de impulsionar o crescimento econômico, já que o país está à beira da deflação e enfrenta uma prolongada crise imobiliária, aumento do endividamento e fraco sentimento dos consumidores e das empresas.

O impulso, entretanto, não conseguiu eliminar totalmente as preocupações depois que a tão esperada atualização da política chinesa não apresentou nenhuma mudança importante.

Além disso, os traders pouco reagiram à decisão de Biden, segundo a mesa de operações da distribuidora de combustíveis TACenergy. A escalada de tensões no Oriente Médio também ficou fora dos holofotes, com agentes do mercado estavam se concentrando em uma perspectiva técnica fraca, amplos estoques e demanda fraca.

Embora o mercado de petróleo esteja visivelmente apertado, a expectativa do Morgan Stanley é de que a commodity atinja um equilíbrio até o quarto trimestre — o que pode derrubar o barril do Brent para a faixa de US$ 70 em 2025.

Por fim, a política energética provavelmente será um ponto central de debate entre Kamala Harris — cotada para substituir Joe Biden na corrida presidencial e se tornar a candidata pelo Partido Democrata — e Donald Trump. Contudo, os analistas do Citi acreditam que nenhum dos dois promoverá políticas que tenham efeito extremo sobre as operações de petróleo e gás.

*Com informações de Reuters

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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