Petróleo fecha em leve queda com fortalecimento do dólar; commodity avança mais de 3% na semana
O petróleo terminou a última sessão da semana, marcada por decisões de política monetária, em tom negativo. O fortalecimento do dólar pressionou a commodity e a escalada dos conflitos no Oriente Médio ficou no radar.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para novembro, terminaram esta sexta-feira (20) em queda de 0,52%, a US$ 74,49 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na semana, a alta foi de mais de 4%.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para novembro caíram 1,22%, a US$ 71,00 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. Na semana, os futuros do WTI avançaram 3,4%.
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O que mexeu com petróleo hoje?
O mercado acompanhou mais um dia de escala de tensão nos conflitos do Oriente Médio.
Israel matou um dos principais comandantes do Hezbollah em um ataque aéreo nos subúrbios ao sul de Beirute nesta sexta-feira (20).
Os militares israelenses disseram que mataram Ibrahim Aqil, identificado como o comandante interino da unidade de forças especiais Radwan, e cerca de 10 comandantes seniores durante uma reunião. Aqil fazia parte do principal conselho militar do Hezbollah, disseram fontes no Líbano à Reuters.
O ataque infligiu outro golpe no Hezbollah após um ataque sem precedentes contra o grupo nesta semana, no qual pagers e walkie-talkies usados por seus membros explodiram, matando 37 pessoas e ferindo milhares. Acredita-se que esse ataque tenha sido realizado por Israel, que não confirmou nem negou seu envolvimento.
O Hezbollah não fez nenhuma declaração oficial sobre o ataque e não confirmou imediatamente se Aqil era o alvo ou se foi morto.
Analistas do mercado de petróleo alertam há meses que uma guerra entre Israel e o Hezbollah, que até agora têm trocado disparos de foguetes, poderia forçar o Irã — membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) —, a intervir diretamente, aumentando o risco de interrupções no fornecimento de petróleo bruto no Oriente Médio.
*Com informações de Reuters