Mercados

Petróleo tem leve queda, apesar de corte nos juros dos EUA e escalada dos conflitos no Oriente Médio

18 set 2024, 16:10 - atualizado em 18 set 2024, 17:07

O petróleo ficou praticamente estável nesta quarta-feira (18). Durante a maior parte da sessão, a commodity operou em leve alta, mas perdeu a força logo após o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, cortar os juros pela primeira vez desde março de 2020.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para novembro, terminaram o dia em baixa de 0,06%, a US$ 73,65 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para novembro caíram 0,11%, a US$ 69,88 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.

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O que mexeu com petróleo hoje?

Os investidores tiveram um dia movimentado.

Nos Estados Unidos, os estoques de petróleo no país registrou uma queda de 1,63 milhão de barris na semana até 13 de setembro, segundo dados do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). A expectativa era de recuo de 1 milhão de barris no período.

Além disso, o Federal Reserve cortou os juros pela primeira vez em mais de quatro anos. O BC norte-americano reduziu os Fed Funds em 0,50 ponto percentual, para 4,75% a 5,00%.

“O Comitê (Federal de Mercado Aberto; Fomc, na sigla em inglês) adquiriu maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2% e julga que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação estão mais ou menos equilibrados”, diz o comunicado da decisão.

Apenas a diretora Michelle Bowman, entre os onze membros do Fomc, defendeu um corte de apenas 0,25 ponto percentual.

Em linhas gerais, taxas de juros mais baixas geralmente estimulam o crescimento econômico, o que impulsiona a demanda por petróleo.

O mercado também acompanha a escala de tensão no Oriente Médio. Rádios portáteis usados pelo Hezbollah detonaram no final da tarde desta quarta no sul do Líbano e nos subúrbios do sul de Beirute, segundo uma fonte de segurança à Reuters.

O movimento acontece um dia depois de explosões semelhantes lançadas por meio dos pagers do grupo.

Pelo menos uma das explosões ocorreu perto de um funeral organizado pelo Hezbollah, apoiado pelo Irã, para os mortos no dia anterior, quando milhares de pagers usados pelo grupo explodiram em todo o país e feriram muitos dos combatentes do grupo.

O Hezbollah, que ficou brevemente em desordem por causa dos ataques dos pagers, disse que atingiu posições de artilharia israelense com foguetes, o primeiro ataque contra seu arqui-inimigo desde que as explosões feriram milhares de seus membros no Líbano e levantaram a perspectiva de uma guerra mais ampla no Oriente Médio.

*Com informações de Reuters. 

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.