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Petróleo cai 1%, na mínima de uma semana, com dados fracos na China e fim do cessar-fogo entre Israel e Hamas

17 dez 2024, 17:44 - atualizado em 17 dez 2024, 17:51
Petróleo oriente médio
O petróleo estendeu as perdas da véspera com dados mais fracos na China, expectativa de corte nos juros dos EUA e fim do cessar-fogo entre Israel e Hamas (Imagem: iStock/vadimrysev)

O petróleo engatou a segunda queda consecutiva com perspectivas de menor demanda, em meio à desaceleração do consumo na China. Uma possível pausa no cessar-fogo entre o grupo extremista Hamas e Israel também entrou no radar.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para fevereiro de 2025, terminaram a sessão com queda de 0,97%, a US$ 73,19 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Esse é o menor nível desde 10 de dezembro.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para janeiro caíram 0,89%, a US$ 70,08 o barril, no New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. 

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O que mexeu com o petróleo hoje?

O petróleo caiu com novos dados de atividade econômica nas principais economias do mundo, que aumentaram as preocupações sobre a demanda da commodity no próximo ano.

Na Alemanha, o ânimo das empresas piorou mais do que o esperado em dezembro, de acordo com uma pesquisa do Instituto Ifo, prejudicado pela avaliação pessimista das empresas em relação aos próximos meses, em meio à incerteza geopolítica e a uma queda industrial na maior economia da Europa.

Os dados econômicos da China, divulgados na véspera, também continuaram a repercutir sobre o óleo. A segunda maior economia teve um crescimento da produção industrial acelerou ligeiramente em novembro, enquanto as vendas no varejo ficaram abaixo do esperado para o mês.

Na Alemanha, o ânimo das empresas piorou mais do que o esperado em dezembro, de acordo com uma pesquisa do Instituto Ifo, prejudicado pela avaliação pessimista das empresas em relação aos próximos meses, em meio à incerteza geopolítica e a uma queda industrial na maior economia da Europa.

Com os dados mistos, o mercado ficou mais atento às novas tarifas comerciais dos Estados Unidos sobre o gigante asiático no ano que vem, impostas pelo governo Trump.

A decisão de política monetária norte-americana também foi foco de atenção dos investidores. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) deve cortar os juros em 25 pontos-base, para a faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. A decisão será divulgada amanhã (18).

As taxas de juros mais baixas podem estimular o crescimento econômico e aumentar a demanda por petróleo.

Por fim, um acordo para interromper a guerra de 14 meses em Gaza e libertar os reféns mantidos no lado palestino pode ser assinado nos próximos dias, à medida em que progridem as negociações no Cairo, disseram fontes à Reuters.

*Com informações de Reuters 

Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.