Petróleo recua por preocupações com demanda na China e avanço do dólar
Os preços do petróleo recuaram nesta segunda-feira (15), uma vez que as preocupações com a demanda pelo principal importador, a China, compensaram as notícias econômicas favoráveis dos Estados Unidos, a restrição da oferta da Opep+ e as contínuas tensões no Oriente Médio.
Os futuros do Brent caíram 0,2% e fecharam a US$ 84,85 o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA caiu 0,4%, a US$ 81,91.
“Os dados chineses, incluindo operações de refinarias e importações de petróleo, não são favoráveis”, disse o analista do UBS, Giovanni Staunovo. “Mas o crescimento da demanda em outros lugares ainda é saudável.”
- Um e-mail pode mudar sua vida financeira: todas as manhãs, mais de 850 mil brasileiros recebem a newsletter mais lida do mercado financeiro para poder investir melhor. Você pode ser um deles. Basta clicar aqui para receber de forma 100% gratuita.
A economia da China cresceu muito mais lentamente do que o esperado no segundo trimestre, à medida que uma prolongada recessão no setor imobiliário e a insegurança no emprego perturbaram uma recuperação frágil, mantendo vivas as expectativas de que Pequim necessitará de ainda mais estímulos.
A produção das refinarias da China caiu 3,7% em junho em relação ao ano anterior, caindo pelo terceiro mês devido à manutenção planeada, enquanto as margens de processamento mais baixas e a fraca demanda por combustível levaram as fábricas independentes a reduzir a produção.
Nos Estados Unidos, o mercado concentrou as atenções na tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump — que elevou as apostas de vitória do candidato republicano nas eleições presidenciais de novembro.
Essa expectativa fortaleceu o dólar em um primeiro momento. Isso porque entrou na conta dos investidores que o retorno de Trump à Casa Branca poderia levar a uma política fiscal mais frouxa e a tarifas comerciais adicionais.