Petróleo cai 1% com avanço dos estoques da commodity nos EUA
Nesta quarta-feira (14), os contratos futuros de petróleo estenderam as perdas da sessão anterior com o avanço nos estoques da commodity nos Estados Unidos acima do esperado. As tensões do Oriente Médio e as preocupações sobre a demanda do óleo seguem no radar dos investidores.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento para outubro, terminaram o dia com baixa de 1,15%, a US$ 79,76 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para setembro caíram 1,75%, a US$ 76,98 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos (EUA) — no maior patamar desde 23 de julho.
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O que mexeu com petróleo hoje?
O petróleo acelerou as perdas da véspera após novos dados nos Estados Unidos.
Os estoques de petróleo bruto no país aumentaram em 1,9 milhão de barris na semana encerrada em 9 de agosto, enquanto os estoques de gasolina caíram em 2,9 milhões de barris, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Os analistas previam queda de 1,2 milhão de barris do óleo no período.
Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que espera que o Irã não ataque Israel nos próximos dias, em conversa com jornalistas na terça-feira (13).
Uma nova rodada de negociações de cessar-fogo está programada para começar na quinta-feira no Catar, embora o Hamas tenha dito à Reuters que o grupo militante não planeja participar das conversas.
Os investidores mantêm as expectativas de demanda do petróleo mais fraca, de olho na China, após a divulgação dos relatórios da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no início da semana.
Vale lembrar que a IEA manteve inalterada sua previsão de crescimento da demanda global de petróleo para 2024, mas reduziu sua estimativa para 2025, citando o impacto da economia chinesa enfraquecida sobre o consumo.
Já a Opep cortou a previsão de crescimento da demanda global de petróleo em 2024, com dados mais fracos do que o esperado para o primeiro semestre do ano e expectativas mais brandas para a China, e também reduziu sua expectativa para o próximo ano.
*Com informações de CNBC e Reuters