Mercados

Petróleo recua 2% com preocupações sobre a demanda — principalmente da China

13 ago 2024, 16:13 - atualizado em 13 ago 2024, 16:13
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Imagem: Canva/Montagem: Giovanna Figueredo

Depois de avançar mais de 3% na véspera, os contratos futuros de petróleo interromperam a sequência de cinco altas consecutivas e voltaram ao território negativo após a Agência Internacional de Energia (AIE) cortar as projeções para o avanço da demanda da commodity para 2025. Mesmo com a queda o barril se manteve acima de US$ 80.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento para outubro, terminaram o dia com baixa de 1,96%, a US$ 80,69 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para setembro caíram 2,13%, a US$ 78,35 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos (EUA) — no maior patamar desde 23 de julho. 

O que mexeu com petróleo hoje?

Em relatório divulgado nesta terça-feira (13), a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) manteve inalterada sua previsão de crescimento da demanda global de petróleo para 2024, mas reduziu sua estimativa para 2025, citando o impacto da economia chinesa enfraquecida sobre o consumo.

“O fraco crescimento da China, após o aumento pós-Covid de 2023, agora prejudica significativamente os ganhos globais”, disse o órgão de energia.

A demanda mundial de petróleo aumentará em 950.000 barris por dia (bpd) em 2025, segundo a IEA, uma queda de 30.000 bpd em relação à previsão anterior. A previsão de crescimento deste ano permaneceu inalterada em 970.000 bpd.

Fora dos países desenvolvidos da OCDE, a demanda no segundo trimestre deste ano foi a mais lenta desde o ano pandêmico de 2020. A participação da China no crescimento dessa demanda deverá cair para cerca de um terço em 2024, em comparação com pouco mais de dois terços em 2023.

O relatório da IEA, que assessora os países industrializados, é o segundo nesta semana a sinalizar que uma economia lenta provavelmente reduzirá a demanda na China, o maior importador de petróleo do mundo e o segundo maior consumidor de petróleo.

Ontem (12), a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou a previsão de crescimento da demanda global de petróleo em 2024, com dados mais fracos do que o esperado para o primeiro semestre do ano e expectativas mais brandas para a China, e também reduziu sua expectativa para o próximo ano.

No relatório mensal, a Opep afirmou que  a demanda mundial de petróleo aumentará em 2,11 milhões de barris por dia (bpd) em 2024, abaixo do crescimento de 2,25 milhões de bpd esperado no mês passado.

A escalada dos conflitos no Oriente Médio também ficou no radar dos investidores, mas em segundo plano.

As Brigadas al-Qassam, ala armada do Hamas, disseram que atacaram a cidade israelense de Tel Aviv e seus subúrbios com dois foguetes “M90”.

Explosões foram ouvidas em Tel Aviv, mas não houve relatos de vítimas, informou a mídia israelense.

*Com informações de CNBC e Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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