Petróleo tem novo tombo e atinge menor nível desde dezembro de 2021, com o barril abaixo de US$ 70
O petróleo teve um novo tombo nesta terça-feira (10) e o barril encerrou a sessão cotado abaixo de US$ 70. A commodity foi pressionada após o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) apontar uma desaceleração na demanda — puxada, principalmente, por China.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para novembro, terminaram o dia em queda de 3,69%, a US$ 69,19 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres — o menor nível desde dezembro de 2021.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para outubro caíram 4,31%, a US$ 65,75 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. A commodity, que é referência para os Estados Unidos, atingiu o menor nível desde março de 2023.
O que mexeu com petróleo hoje?
A forte queda do petróleo aconteceu em um dia agitado para o mercado de commodities.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu a sua previsão de demanda global pela segunda vez em dois meses.
O grupo agora espera que a demanda cresça em cerca de 2 milhões de barris por dia (bpd) em 2024, cerca de 80 mil bpd a menos do que a previsão anterior.
Já para 2025, a expectativa é de aumento de 1,7 milhões de bpd, 40 mil bpd abaixo do previsto originalmente.
Em agosto, o cartel já havia reduzido as projeções devido à queda no consumo na China, o maior importador de petróleo bruto do mundo.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) também cortou projeções nesta terça-feira (10).
O DoE reduziu a previsão para o preço médio do barril do petróleo Brent de US$ 84,44 para US$ 82,80 em 2024. Para o WTI, referência para o mercado norte-americano, as estimativas para o preço do barril foram cortadas de US$ 80,21 para US$ 78,80.
No relatório “Perspectiva de Energia no Curto Prazo” (Steo, na sigla em inglês) divulgado hoje, o órgão projeta que o enfraquecimento da demanda global, especialmente por China, deve causar a queda nos preços da commodity.
Vale lembrar que, na semana passada, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) concordou em adiar um aumento planejado na produção de petróleo para outubro e novembro, depois que os preços do petróleo atingiram o menor nível em nove meses no início do mês. Na ocasião, o grupo afirmou que pode pausar ou reverter os aumentos se necessário.
*Com informações de Reuters e CNBC.