Petróleo cai com fortalecimento do dólar com o retorno de Trump à Casa Branca
Nesta quarta-feira (6), o petróleo terminou a sessão em queda, em meio ao fortalecimento do dólar com a vitória de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para janeiro de 2025, terminaram a sessão em baixa de 0,80%, a US$ 74,92 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro caíram 0,41%, a US$ 71,69 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA.
Mais cedo, a commodity chegou a cair mais de 3%.
O que mexeu com o petróleo hoje?
Os preços do petróleo caíram com o fortalecimento do dólar, com os investidores repercutindo a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Em linhas gerais, uma divisa norte-americana mais forte torna o petróleo mais caro em outros países, o que pode reduzir a demanda pelo combustível — principalmente para os países emergentes.
Além da valorização do dólar, que pesa sobre os preços das commodities, a presidência de Trump pode ter políticas que podem pressionar ainda mais a economia chinesa, enfraquecendo a demanda do óleo no maior importador da commodity do mundo.
O retorno do republicano à Casa Branca também pode significar uma aplicação mais rígida de sanções norte-americanas contra o Irã relacionadas ao petróleo. A repressão ao país, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), daria suporte aos preços globais do óleo bruto.
Vale lembrar que, em 2018, Trump retirou os Estados Unidos, de forma unilateral, de um acordo nuclear ocidental, além de sanções ao país durante seu primeiro mandato.
Em segundo plano, os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 2,149 milhões de barris, a 427,658 milhões de barris na semana encerrada em 1 de novembro, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. A expectativa era de estabilidade.
Os investidores também seguiram atentos ao impacto da tempestade tropical Rafael no Golfo do México. A previsão de meteorologistas é de que a tempestade se fortaleça e se torne furacão ainda nesta semana. Analistas dizem que a tempestade pode reduzir a produção de petróleo em cerca de 4 milhões de barris.
Permanece também no radar, a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) em adiar o aumento da produção da commodity.
*Com informações de Reuters