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Petróleo afunda e zera os ganhos do ano com Opep+, China e Estados Unidos no radar

03 set 2024, 16:01 - atualizado em 03 set 2024, 16:01
petróleo
O barril do petróleo continua a precificar as preocupações sobre a demanda da commodity

O petróleo zerou os ganhos da véspera e do acumulado no ano nesta terça-feira (3), com queda de mais de 4% durante o pregão.

Os dados mais fracos dos setores industriais dos Estados Unidos e da China, além da expectativa pelo aumento de oferta da commodity a partir de outubro, pressionaram os preços do barril.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para novembro, terminaram o dia em queda de 4,86%, a US$ 73,75 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. No ano, a commodity acumula baixa de 3,9%.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para outubro caíram 4,36%, a US$ 70,34 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. Os futuros acumulam queda de 1,4% no ano. 

O que mexeu com petróleo hoje?

O petróleo seguiu pressionado com a próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) no radar.

Segundo fontes à agências de notícias Reuters e Bloomberg, a Opep+ deve seguir com o aumento planejado da produção da commodity a partir de outubro, em meio a cortes na oferta de alguns membros.

Além disso, a manufatura na China caiu para uma baixa de seis meses em agosto, de acordo com dados divulgados no fim de semana. A China é a maior importadora mundial de petróleo bruto.

Os Estados Unidos também reportaram, nesta terça-feira (3), dados de atividade econômica. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial subiu para 47,2 em agosto, de 46,8 em julho. 

Apesar da melhora o dado ficou abaixo das projeções do mercado, de avanço a 47,5 no mês. O PMI também permaneceu abaixo de 50 — indicando uma contração no setor industrial — pela quinta vez consecutiva.

Por fim, a National Oil Corporation (NOC), petrolífera estatal da Líbia, anunciou o fechamento oficial de mais um campo de produção de petróleo, considerando a situação atual do país que “impede a empresa de prosseguir com as operações” de carregamento e transporte da commodity.

A interrupção das operações permanecerá por tempo indeterminado, até que as “circunstâncias de força maior” desapareçam. Na nota, a NOC esclarece que a paralisação afetará apenas a produção de petróleo e não é “aplicável a outros hidrocarbonetos”.

Segundo levantamento da S&P Global, somente o campo de petróleo El-Feed era responsável pela produção de 70 mil barris por dia da commodity.

A Líbia enfrenta uma crise política entre os governos baseados no leste e no oeste do país, que disputam o controle da nação.

A divisão entre os dois lados se aprofundou nas últimas semanas diante do impasse sobre o futuro do presidente do BC líbio, Sadiq al-Kabir, que fugiu do país na sexta-feira (30). 

*Com informações de CNBC, Reuters e Estadão Conteúdo 

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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