Commodities

Petróleo fecha na máxima desde 2014 com queda na oferta global e nos estoques

27 jun 2018, 18:20 - atualizado em 27 jun 2018, 18:20

Por Investing.com – Os preços do petróleo cru fecharam no maior nível desde novembro de 2014, apoiados por uma grande redução nos estoques de petróleo nos EUA e interrupções inesperadas da oferta na Líbia e no Canadá.

Na Bolsa Mercantil de Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega em julho subiu 3,2%, para US$ 72,76 por barril; enquanto na Bolsa Intercontinental de Londres, o Brent avançou 1,42%, e encerrou a sessão a US$ 77,22 por barril.

Os estoques de petróleo dos EUA caíram 9,891 milhões de barris na semana encerrada em 22 de junho, superando as expectativas do mercado de uma redução da ordem de 2,57 milhões de barris, segundo dados agência de energia dos EUA (EIA).

Essa foi a maior redução dos estoques de petróleo dos EUA desde setembro de 2016 e refletiu a forte exportação doméstica incentivada pelo grande spread entre o Brent e o WTI. As vendas ao exterior superaram os 3 milhões de barris por dia, novo recorde para o país.

Os estoques de gasolina subiram 1,184 milhão de barris, um pouco abaixo das expectativas de alta de 1,313 milhão de barris, enquanto os de demais óleos subiu 0,015 milhão de barris, bem abaixo das expectativas para um aumento 0,774 milhão de barris.

A produção de petróleo dos EUA, enquanto isso, permaneceu em um recorde de 10,9 milhões de bpd, de acordo com o EIA.

Oferta global menor

O mercado de petróleo enfrenta interrupções inesperadas tanto na Líbia quanto no Canadá, enquanto se prepara para a redução no Irã e a queda inevitável na Venezuela.

Uma disputa de poder no país africano entre rebeldes e o governo prejudicou as exportações de petróleo do país, com danos à infraestrutura. No começo da semana as forças do comandante líbio oriental, Khalifa Haftar, tomaram as instalações de petróleo de milícias locais e entregaram o controle para a estatal National Oil Corporation (NOC). A companhia petrolífera terá que reparar as linhas de escoamento antes de retomar as vendas.

Enquanto isso, no Canadá, a paralisação da produção no Syncrude, do Canadá – que tem capacidade para ofertar 350 mil barris por dia de petróleo – se estenderá até julho. A Suncor, operadora do ativo, trabalhar para consertar os transformadores, danificados após um blecaute.

No radar, seguem as pressões norte-americanas para que os países interrompam as compras de petróleo do Irã até 4 de novembro ou enfrentem sanções.

No médio prazo, além da redução da oferta persa, a Venezuela também deverá reduzir sua produção, pressionada pelo sucateamento da estatal PDVSA e a crescente pressão de sanções dos EUA.

Leia mais sobre:
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.