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Petróleo fecha em mínimas de mais de um ano; Brent vê maior queda semanal desde 2016

28 fev 2020, 18:43 - atualizado em 28 fev 2020, 18:45
O vencimento mais ativo do petróleo Brent, para entrega em maio, fechou em queda de 2,06 dólares, ou 4%, a 49,67 dólares por barril (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

Os preços do petróleo caíram pelo sexto dia consecutivo e renovaram mínimas de mais de um ano nesta sexta-feira, o que levou os contratos futuros da commodity ao maior recuo semanal em anos, à medida que a disseminação do coronavírus gera temores de que a desaceleração da economia global possa impactar negativamente a demanda por energia.

O coronavírus avançou ainda mais, com casos registrados pela primeira vez em seis países de três continentes, afetando mercados e fazendo com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevasse seu alerta de risco para “muito alto”.

O vencimento mais ativo do petróleo Brent, para entrega em maio, fechou em queda de 2,06 dólares, ou 4%, a 49,67 dólares por barril, menor nível desde julho de 2017.

Enquanto isso, os futuros do Brent para entrega em abril cederam 1,66 dólar, ou 3,2%, para 50,52 dólares o barril. Já o petróleo dos Estados Unidos recuou 2,33 dólares, ou 5%, a 44,76 dólares/barril. Os valores são os mais baixos de fechamento do Brent e do WTI desde dezembro de 2018.

No acumulado da semana, o Brent, valor de referência internacional, perdeu quase 14%, maior declínio percentual semanal desde janeiro de 2016, enquanto o petróleo nos EUA recuou mais de 16%, maior baixa desde dezembro de 2008.

O pânico com o coronavírus também levou os mercados globais de ações e de metais preciosos e industriais ao vermelho, com as perdas somando 5 trilhões de dólares.

“Praticamente todos os ativos fixos estão tentando descontar com precisão o impacto sobre o PIB e a demanda causado pelo coronavírus, que parece que ainda está se disseminando, ao invés de contrair”, disse em relatório o presidente da Ritterbusch and Associates, Jim Ritterbusch.