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Petróleo tem alta de 3% com escalada dos conflitos no Oriente Médio e paralisação de produção na Líbia

26 ago 2024, 15:58 - atualizado em 26 ago 2024, 15:58
petróleo
O barril do petróleo continua a precificar as preocupações sobre a demanda da commodity

Com a escalada das tensões geopolíticas com os conflitos no Oriente Médio, o petróleo disparou nesta segunda-feira (26). A paralisação de produção do petróleo na Líbia também impulsionou os preços e o barril do Brent superou os US$ 80.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento para outubro, terminaram o dia com alta de 3,04%, a US$ 81,43 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para outubro subiram 3,46%, a US$ 72,42 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA — o maior nível desde 16 de agosto. 

O que mexeu com petróleo hoje?

O petróleo estendeu os ganhos da sessão anterior com a escalada dos conflitos no Oriente Médio no fim de semana e a paralisação das negociações de cessar-fogo em Gaza.

Nas primeiras horas da manhã de domingo (25), cerca de 100 jatos israelenses atingiram dezenas de locais de lançamento do Hezbollah no sul do Líbano, destruindo milhares de foguetes que, segundo os militares, estavam apontados para Israel.

O Hezbollah, em uma resposta já esperada, acabou lançando centenas de mísseis, mas a maioria foi interceptada ou caiu em áreas abertas.

Nesta segunda-feira (26), o porta-voz do governo israelense David Mencer disse que o Hezbollah havia sofrido um “golpe esmagador” dos ataques israelenses, mas que ainda era necessária uma solução mais duradoura.

“A situação atual não é sustentável”, afirmou em um briefing de imprensa, referindo-se às dezenas de milhares de pessoas retiradas de suas casas no norte de Israel, uma situação que se reflete no outro lado da fronteira, no sul do Líbano. “Israel cumprirá seu dever e devolverá sua população ao nosso território soberano.”

O grupo militante palestino Hamas disse que não concordará com um acordo que permita que tropas israelenses permaneçam no extremo sul da Faixa de Gaza, ao longo da fronteira com o Egito. Mas alguns analistas disseram que a troca de disparos de domingo pode provar que o Hamas não tem o tipo de apoio necessário para levar o conflito para fora de Gaza.

O Hezbollah negou que sua resposta ao assassinato de seu comandante sênior Fuad Shukr tenha sido neutralizada, mas disse que a operação havia sido concluída com sucesso, dando esperanças de que uma linha possa ser traçada sob o incidente, pelo menos por enquanto.

O Irã, que prometeu retaliação contra Israel pelo assassinato em Teerã, no mês passado, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, também disse que não pretendia alimentar as tensões regionais.

Além disso, O governo oriental da Líbia, em Benghazi, informou que a produção e as exportações de petróleo no país africano serão interrompidas, em meio a uma disputa com o governo ocidental, reconhecido internacionalmente em Trípoli, sobre quem deveria liderar o banco central.

A Líbia produz cerca de 1,2 milhão de barris por dia (bpd), com mais de 1 milhão de bpd exportados para o mercado global.

Na avaliação do Julius Baer, “há alguma incerteza sobre como o mercado reagirá à próxima reviravolta na política do petróleo. “Vemos um mercado de petróleo bem abastecido com uma estagnação bastante pronunciada da demanda no mundo ocidental e na China, e aumentos contínuos da produção nas Américas”, afirma Norbert Rücker, líder de Economia e Research.

*Com informações de Reuters e CNBC

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