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Petróleo sobe mais de 1% com estímulos na China, conflito no Oriente Médio e risco de furacão nos EUA

24 set 2024, 16:41 - atualizado em 24 set 2024, 16:41
petróleo
Em um dia agitado para as commodities, o petróleo reverteu as perdas da véspera e saltou mais de 1% com China e Oriente Médio (Imagem: REUTERS/Stringer/Archivo)

O petróleo recuperou as perdas da véspera e fechou em alta de mais de 1%, com apoio dos novos estímulos econômicos na China, a interrupção da produção da commodity no Golfo do México e a escalada das tensões no Oriente Médio.

Nesta terça-feira (24), os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para dezembro, terminaram a sessão com avanço de 1,72%, a US$ 74,47 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para novembro subiram 1,69%, a US$ 71,56 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. 

O que mexeu com petróleo hoje?

As commodities, em especial o petróleo, ganharam força com estímulos anunciados pelo Banco Central da China (PBoC, na sigla em inglês).

A autoridade monetária chinesa lançou o maior pacote de estímulos econômicos desde a pandemia de Covid-19 para tirar a economia da crise deflacionária e trazê-la de volta à meta de crescimento do governo.

Com foco no mercado imobiliário, o BC reduziu as taxas de juros médias para hipotecas existentes 50 pontos-base e fez um corte na exigência de entrada mínima para 15% em todos os tipos de moradias, entre outras medidas.

O BC chinês também introduziu duas novas ferramentas para impulsionar o mercado de capitais.

A primeira é um um programa de swap com tamanho inicial de 500 bilhões de yuans, que permite que fundos, seguradoras e corretoras tenham acesso mais fácil a financiamento para comprar ações.

Já a segunda medida oferece até 300 bilhões de yuans em empréstimos ‘baratos’ do BC a bancos comerciais para ajudá-los a financiar compras e recompras de ações de outras entidades.

Além disso, as petroleiras que atuam no Golfo do México, como Shell, BP e Chevron, estão paralisando as produções do petróleo com a proximidade da tempestade tropical Helene nos Estados Unidos, que pode evoluir para um furacão na região.

No Oriente Médio, a tensão permanece elevada.

Israel atacou centenas de alvos do Hezbollah em ataques aéreos que, segundo as autoridades de saúde libanesas, mataram pelo menos 492 pessoas na segunda-feira (23) — o dia mais mortal no Líbano em quase um ano de conflito com o inimigo apoiado pelo Irã.

Analistas do mercado de petróleo alertam há meses que uma guerra entre Israel e o Hezbollah, que até agora têm trocado disparos de foguetes, poderia forçar o Irã — membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) —, a intervir diretamente, aumentando o risco de interrupções no fornecimento de petróleo bruto no Oriente Médio.

Por fim, a OPEP elevou as previsões para a demanda mundial de petróleo para o médio e longo prazos em um relatório de perspectiva anual, citando o crescimento liderado pela Índia, África e Oriente Médio e um aumento mais lento da mudança para veículos elétricos e combustíveis mais limpos.

O cartel vê a demanda crescendo por um período mais longo do que outras avaliações feitas pela BP e a Agência Internacional de Energia, que veem o uso de petróleo atingindo o pico nesta década, segundo o relatório World Oil Outlook 2024 publicado nesta terça-feira (24).

*Com informações de Reuters

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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