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Petróleo avança mais de 1% com escalada das tensões entre Israel e Hezbollah e corte de juros nos EUA

19 set 2024, 16:29 - atualizado em 19 set 2024, 16:34
petróleo
O petróleo avançou mais de 1% com corte nos juros dos Estados Unidos e escalada das tensões do Oriente Médio (Imagem: REUTERS/Stringer/Archivo)

O petróleo, considerado um termômetro de risco pelo mercado, operou em forte alta nesta quinta-feira (19). Os investidores aumentaram o apetite ao risco após o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, cortar os juros pela primeira vez desde março de 2020.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para novembro, terminaram o dia em alta de 1,67%, a US$ 74,88 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para novembro subiram 1,83%, a US$ 71,16 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.

O que mexeu com petróleo hoje?

O impulso para o petróleo foi dado pelo corte nos juros dos Estados Unidos na véspera.

O Federal Reserve, o banco central norte-americano, reduziu os juros em 0,50 ponto percentual (p.p.), levando a taxa ao intervalo de 4,75% a 5,00% ao ano.

Essa foi a primeira redução desde março de 2020 e marca o início do ciclo de afrouxamento monetário na maior economia do mundo.

Em linhas gerais, taxas de juros mais baixas geralmente estimulam o crescimento econômico, o que impulsiona a demanda por petróleo.

O mercado também acompanhou a escala de tensão nos conflitos do Oriente Médio.

Nesta quinta-feira (19), o líder do Hezbollah afirmou que os ataques israelenses mortais que explodiram rádios e pagers do grupo passaram de todos os limites. Ele fez um discurso, em transmissão, enquanto explosões sônicas de aviões de guerra israelenses sacudiam prédios em Beirute.

O Líbano e o Hezbollah culparam Israel pelos ataques aos equipamentos de comunicação do Hezbollah, que mataram 37 pessoas e feriram cerca de 3.000, sobrecarregando os hospitais libaneses e causando uma devastação sangrenta no grupo militante.

Israel não comentou diretamente sobre os ataques, que, segundo fontes de segurança, provavelmente foram realizados pela agência de espionagem Mossad, que tem um longo histórico de realizar ataques sofisticados em solo estrangeiro.

Analistas do mercado de petróleo alertam há meses que uma guerra entre Israel e o Hezbollah, que até agora têm trocado disparos de foguetes, poderia forçar o Irã — membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) —, a intervir diretamente, aumentando o risco de interrupções no fornecimento de petróleo bruto no Oriente Médio.

*Com informações de CNBC e Reuters

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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