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Petróleo sobe mais de 1% e atinge máxima de três semana com sanções para a Rússia e Irã no radar

13 dez 2024, 17:55 - atualizado em 13 dez 2024, 17:55
Petróleo oriente médio
O petróleo ganhou força com escalada das tensões geopolíticas e possíveis sanções extras à Rússia e ao Irã (Imagem: iStock/vadimrysev)

O petróleo recuperou as perdas da véspera e atingiu as máximas de quase um mês com a escalada das tensões geopolíticas e expectativas de novas sanções dos Estados Unidos e de países europeus contra a Rússia e o Irã.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para fevereiro de 2025, terminaram a sessão em alta de 1,47%, a US$ 74,49 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Esse foi o maior fechamento do Brent desde 22 de novembro. Na semana, o Brent acumula alta de 4,8%.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para janeiro subiram 1,81%, a US$ 71,29 o barril, no New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos — na maior cotação desde 7 de novembro. Na semana, o WTI avançou 6,1%. 

O que mexeu com o petróleo hoje?

Os preços do petróleo atingiram a máxima de três semanas, com os investidores prevendo que sanções adicionais à Rússia e ao Irã possam restringir a oferta e que as taxas de juros mais baixas na Europa e nos Estados Unidos possam impulsionar a demanda por combustível.

Hoje (13), a Rússia a realizou um ataque maciço à infraestrutura de energia da Ucrânia em retaliação ao uso pelas forças ucranianas de mísseis ATACMS, fornecidos pelos Estados Unidos. As informações foram divulgadas pelo Ministério de Defesa russo.

Além disso, imagens de satélite divulgadas pela Maxar mostram que o país de Vladimir Putin está reparando equipamentos militares para transporte em uma base aérea militar na Síria, após a derrubada do presidente Bashar al-Assad por rebeldes no último fim de semana.

As imagens tiradas nesta sexta-feira mostram o que parecem ser pelo menos dois Antonov AN-124s, um dos maiores aviões de carga do mundo, com seus cones de nariz abertos na base aérea de Hmeimim, na província costeira de Latakia, na Síria.

Durante a semana, os embaixadores da União Europeia concordaram em impor um 15º pacote de sanções à Rússia por causa de sua guerra contra a Ucrânia, tendo como alvo sua frota de navios-tanque. Os Estados Unidos estão considerando medidas semelhantes.

Na última quarta-feira (11), a secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, afirmou que o cenário atual, de menor demanda por petróleo e preços mais baixos, é uma “oportunidade” para mais sanções do país contra a Rússia.

O Reino Unido, a França e a Alemanha também disseram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que estavam prontos, se necessário, para retomar sanções internacionais contra o Irã para evitar que o país adquira armas nucleares.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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