Petróleo sobe quase 1% com proximidade de furacão Rafael e dólar fraco após ‘Trump Trade’
Nesta quinta-feira (7), o petróleo voltou ao tom positivo e subiu quase 1% com os investidores digerindo a vitória de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. O enfraquecimento do dólar ante moedas globais e a decisão do Federal Reserve (Fed) de cortar os juros, conforme o esperado, também repercutiram sobre a commodity.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para janeiro de 2025, terminaram a sessão em alta de 0,94%, a US$ 75,63 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro subiram 0,93%, a US$ 72,36 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA.
O que mexeu com o petróleo hoje?
Os preços do petróleo voltaram a subir com os investidores avaliando os possíveis impactos do furacão Rafael — que começou como uma tempestade tropical no Caribe no início da semana.
No Golfo do México, cerca de 17% da produção de petróleo bruto — o equivalente a 304.418 barris por dia — foi interrompida por causa do furacão, disse o Departamento de Segurança e Fiscalização Ambiental dos Estados Unidos.
Em segundo plano, o Federal Reserve (Fed) reduziu os juros pela segunda vez consecutiva. O banco central norte-americano cortou 25 pontos-base, trazendo a taxa básica a faixa de 4,50% a 4,75% ao ano.
Os cortes nas taxas de juros normalmente impulsionam a atividade econômica e a demanda por energia.
Os investidores ainda digerem a eleição de Donald Trump como presidente dos EUA.
Além da valorização do dólar, que pesa sobre os preços das commodities, o governo Trump pode ter políticas que podem pressionar ainda mais a economia chinesa, enfraquecendo a demanda do óleo no maior importador da commodity do mundo.
O retorno do republicano à Casa Branca também pode significar uma aplicação mais rígida de sanções norte-americanas contra o Irã relacionadas ao petróleo. A repressão ao país, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), daria suporte aos preços globais do óleo bruto.
*Com informações de Reuters