Petróleo avança pela 3ª sessão consecutiva com Oriente Médio em foco; commodity cai mais de 3% na semana
Nesta sexta-feira (1º), o petróleo fechou em alta pela terceira vez consecutiva, mas o acumulado da semana foi negativo. As atenções ficaram novamente concentradas na escalada de tensão no Oriente Médio.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para dezembro, terminaram a sessão em alta de 0,39%, a US$ 73,10 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na semana, o Brent acumulou baixa de 3,19%.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para dezembro subiram 0,33%, a US$ 69,49 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. O WTI acumulou baixa de 3,35% no acumulado dos últimos cinco pregões.
O que mexeu com petróleo hoje?
O petróleo seguiu estendendo os ganhos da véspera em meio a rumores de um contra ataque de Irã contra Israel nos próximos dias.
Ontem (31), o site de notícias Axios informou que os iranianos devem atacar a partir do território do Iraque, com um grande número de drones e mísseis balísticos.
Irã e Israel se envolveram em uma série de ataques retaliatórios dentro da guerra do Oriente Médio desencadeada pela luta em Gaza. Ataques aéreos iranianos anteriores contra Israel em 1º de outubro e em abril foram repelidos em sua maioria, com apenas danos menores.
Em segundo palno, os investidores continuaram repercutindo a possibilidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) adiar um aumento na produção da commodity, previsto para dezembro.
Segundo fontes à Reuters, o grupo deve adiar a medida em um ou mais meses. A fraca demanda do petróleo, principalmente da China, e o aumento da oferta — com a produção robusta nos Estados Unidos — são alguns dos motivos.
Vale lembrar que a Opep+ mantiveram a política de produção de petróleo inalterada no mês passado, incluindo um plano para começar a aumentar a produção em 180 mil barris por dia a partir de dezembro.
A medida, anteriormente, estava programada para outubro, mas foi adiada em meio à forte queda dos preços.
O grupo se reunirá novamente em 1º de dezembro, mas a decisão de adiar o aumento pode ser tomada já na próxima semana, ainda segundo fontes à agência de notícias.
*Com informações de Reuters