Petróleo cai mais de 1% com rumores de que Opep+ vai manter redução de cortes voluntários; commodity recua 2% em agosto
O petróleo amargou as perdas do mês e fechou com queda de mais de 2% nesta sexta-feira (30).
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para outubro (que venceram hoje), terminaram o dia em baixa de 1,50%, a US$ 78,78 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na semana, o Brent acumulou queda de 0,30%.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para outubro caíram 3,11%, a US$ 73,55 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. O saldo dos últimos cinco pregões do WTI foi negativo em 1,71%.
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Em agosto, o petróleo Brent caiu 2,4% e o WTI recuou 3,4%.
O que mexeu com petróleo hoje?
O petróleo acelerou as perdas na última sessão do mês. A queda foi puxada por rumores de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) deve seguir com o aumento planejado da produção da commodity a partir de outubro, em meio a cortes na oferta de alguns membros.
Entre eles, o Iraque planeja reduzir sua produção de petróleo para entre 3,85 milhões e 3,9 milhões de barris por dia no próximo mês, segundo a Reuters.
Desde o início da semana, a produção e as exportações da commodity na Líbia foi afetada pela disputa entre o governo oriental, em Benghazi, e o ocidental, reconhecido internacionalmente em Trípoli, sobre quem deveria liderar o banco central.
As preocupações com a demanda da China também continuaram a pesar sobre os preços, já que dados recentes apontaram para uma economia em dificuldades e uma desaceleração na demanda por petróleo das refinarias.
Por outro lado, novos dados econômicos dos Estados Unidos consolidaram as apostas de corte de 25 pontos-base nos juros norte-americanos pelo Federal Reserve (Fed) em setembro. Com a redução, os juros devem ficar no intervalo entre 5,00% e 5,25% ao ano.
Em linhas gerias, taxas mais baixas podem impulsionar o crescimento econômico e a demanda por petróleo.
A escalada dos conflitos no Oriente Médio e a ausência de evolução das negociações de cessar-fogo em Gaza também continuam sobre os olhos do mercado.
*Com informações de Reuters e CNBC