Mercados

Petróleo encerra pregão em alta com tarifas de Trump e Opep

03 fev 2025, 17:36 - atualizado em 03 fev 2025, 17:49
Petróleo dólar
O petróleo chegou a subir mais de 2% com tarifas de Trump, mas arrefeceu os ganhos após acordo entre México e os EUA e decisão da Opep+ (Imagem: REUTERS/Stringer/Archivo)

Os preços do petróleo iniciaram fevereiro em tom positivo com as tarifas de importação impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald TrumpUcrânia. A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) e desdobramentos do ‘tarifaço’ norte-americano limitaram os ganhos.

Nesta segunda-feira (3), os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para abril, subiram 0,38%, a US$ 75,96 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.



Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para março registraram alta de 0,87%, a US$ 73,16 o barril, em New York Mercantile Exchange (Nymex).

O que mexeu com o petróleo hoje?

O petróleo ganhou força na sessão, apoiado pelo ‘tarifaço’ do governo Trump. Mas a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) e o acordo entre México e Estados Unidos limitaram os ganhos.

Pela manhã, os preços do petróleo chegaram a subir mais de 2%. No final de semana, Trump impôs uma tarifa de 10% de tarifas sobre os produtos chineses25% sobre os produtos mexicanos e os canadenses — com exceção apenas da energia, que enfrentará uma tarifa de 10%. Embora os detalhes não tenham sido anunciados, a medida deve atingir petróleo, gás e eletricidade.

Na avaliação do Goldman Sachs, o impacto nas commodities energéticas — principalmente sobre o petróleo — deve ser limitado, pelo menos no curto prazo. O banco manteve a projeção do barril do petróleo Brent para US$ 78 em 2025 e US$ 73 em 2026. Já o WTI  deve ser cotado em US$ 75 o barril neste ano e US$ 69 no próximo.

Os preços do petróleo, porém, reduziram os ganhos após a notícia de que a presidente do MéxicoClaudia Sheinbaum, fez um acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pausar tarifas durante um mês.  No final da tarde, a expectativa era também de um acordo com o Canadá.

Opep mantém aumento na oferta

A Opep+ também decidiu pela manutenção da política de aumentar gradualmente a produção de petróleo a partir de abril — o que pressionou os preços do óleo bruto.

O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, disse que o grupo discutiu o pedido de Trump para aumentar a produção e concordou que a Opep+ começará a elevar a oferta a partir de 1º de abril, de acordo com os planos anteriores.

O grupo também alterou  lista de consultores e outras empresas que a Opep+ usa para monitorar sua produção, conhecidas como fontes secundárias. “Após uma análise minuciosa do Secretariado da Opep, o Comitê substituiu a Rystad Energy e a AIE pela Kpler, OilX e ESAI, como parte das fontes secundárias usadas para avaliar a produção e a conformidade do petróleo”, disse a Opep+ em um comunicado.

Vale lembrar que o grupo cortou a produção em 5,85 milhões de barris por dia (bpd), o que equivale a cerca de 5,7% da oferta global, em uma série de medidas desde 2022.

Em dezembro, a Opep+ estendeu sua última camada de cortes até o primeiro trimestre de 2025, adiando para abril um plano para começar a aumentar a produção. A prorrogação foi o último de vários atrasos devido à fraca demanda e ao aumento da oferta fora do grupo.

Com base nesse plano, a reversão de 2,2 milhões de bpd de cortes e o início de um aumento para os Emirados Árabes Unidos, começa em abril com um aumento mensal de 138.000 bpd, de acordo com cálculos da Reuters. Os aumentos durarão até setembro de 2026.

*Com informações de Reuters

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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