Petróleo cai mais de 1% com aumento nos estoques e tarifas de Trump no radar
Os preços do petróleo devolveu os ganhos da véspera e fecharam em queda de mais de 1% nesta quarta-feira (29). Em mais uma sessão, o mercado repercutiu o potencial impacto das tarifas a serem impostas pelo presidente dos Estados Unidos, além da alta nos estoques de petróleo bruto.
Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para abril, caíram 1,15%, a US$ 75,61o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para março registraram baixa de 1,55%, a US$ 72,62 o barril, em New York Mercantile Exchange (Nymex).
O que mexeu com o petróleo hoje?
O petróleo voltou a perder força com o ‘efeito Trump’.
O indicado a secretário do Comércio norte-americano, Howard Lutnick, afirmou que os planos da Casa Branca são de apresentar tarifas regulares a produtos importados a partir de abril — o que reforçou a leitura de que haverá mais tarifas além das anunciadas para o México, Canadá e China.
Até agora, a Casa Branca já informou a imposição de uma alíquota de 25% sobre os produtos mexicanos e canadenses a partir de 1º de fevereiro, próximo sábado.
Além disso, os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 3,463 milhão de barris, a 415,126 milhões de barris na semana passada — o primeiro avanço em dez semanas. Os números foram divulgados pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país.
Os analistas consultados pelo Reuters previam alta menor, de 3,19 milhão de barris.
Os investidores também operaram na expectativa pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+), marcada para 3 de fevereiro. Ontem (28), a Arábia Saudita e vários de seus pares da Opep+ conversaram sobre as políticas do cartel antes da reunião oficial do grupo. O motivo foi o recente apelo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a redução dos preços do petróleo.
Embora a Opep+ ainda não tenha respondido o presidente norte-americano, delegados da organização disseram que é improvável que os líderes do grupo ajustem o plano atual para começar a aumentar a produção a partir de abril, à Reuters.
*Com informações de Reuters